quarta-feira, março 20, 2013

Juiz nega liberdade a policial acusado de matar advogada a pauladas no RN


Corpo de advogada foi enterrado nesta sexta (Foto: Anderson Barbosa/G1)
A justiça do Rio Grande do Norte negou, nesta segunda-feira (18), pedido de liberdade provisória feito pela defesa do soldado da Polícia Militar Gleyson Alex de Araújo Galvão, de 35 anos, acusado de matar a pauladas a advogada Vanessa Ricarda de Medeiros, de 37. O crime aconteceu no dia 14 de fevereiro, dentro de um motel na cidade de Santo Antônio, a 70 quilômetros da capital potiguar. O PM, ex-namorado da vítima, foi preso em flagrante e encontra-se detido no quartel do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), na zona Norte de Natal.

Ao negar o pedido de liberdade, o juiz Ederson Solano Batista de Morais, titular da comarca de Santo Antônio, analisou os pressupostos jurídicos fumus comissi delicti  (prova da materialidade delitiva) e periculum libertatis (perigo da liberdade do acusado).
Familiares e amigos acompanharam o enterro (Foto: Anderson Barbosa/G1)Familiares e amigos acompanharam o enterro
(Foto: Anderson Barbosa/G1)
No primeiro, ele entendeu que os indícios de autoria podem ser ilustrados pelos depoimentos colhidos no inquérito e demais provas coletadas. No segundo, o magistrado observou respaldado na constatação de que o réu, no ato da prisão, ameaçou de morte os policiais militares que o detiveram, “o que evidencia a grande possibilidade de que volte a delinquir caso seja posto em liberdade, sendo assim patente a necessidade de garantia da ordem pública através do seu aprisionamento”, pontuou.
A denúncia feita pelo Ministério Público contra o policial foi acatada pelo juiz no dia 28 do mês passado.
Em depoimento à polícia, Gleyson disse que a vítima, sua ex-namorada, teria ficado enfurecida com uma ligação que ele havia recebido e tentado agredi-lo. Em razão disso, os dois, “entraram em vias de fato e, durante essa contenda caíram ambos, não lembrando o que ocorreu depois disso”, diz o documento.
Ainda segundo o depoimento, Gleyson afirma ter passado boa parte do dia anterior à morte da advogada bebendo com ela e que, a briga, teria sido iniciada porque ele havia se recusado a revelar o nome da pessoa que havia ligado para o celular dele. Também consta no relato do PM que ele “não sabe como aquele pedaço de madeira foi aparecer no interior daquele quarto”, acrescentando “que só depois da prisão começou a entender onde se encontrava, mas que os policiais de serviço não deixaram mais que ele entrasse no quarto”.

Reprodução Cidade News Itaú

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