quinta-feira, fevereiro 28, 2013

Prisão preventiva de investigados por incêndio na Kiss tem aval do MP


Parecer MP prisão preventiva sócios Kiss (Foto: Felipe Truda/G1)Parecer favorável do MP sobre prisão preventiva
será encaminhado à Justiça (Foto: Felipe Truda/G1)
O Ministério Público do Rio Grande do Sul encaminhou na tarde desta quinta-feira (28) à 1º Vara Criminal de Santa Maria parecer favorável ao pedido de prisão preventiva dos quatro investigados pelo incêndio na boate Kiss, que resultou na morte de 239 pessoas no dia 27 de janeiro.
Segundo o promotor Joel Dutra, que assina o documento junto com Maurício Trevisan, o texto apresenta alguns argumentos a mais que os apresentados nesta manhã pelo delegado Sandro Meinerz, ao explicar o pedido feito pela polícia.
Meinerz havia dito que a representação se baseava no risco que os investigados podem correr se forem soltos devido à comoção causada pela tragédia. Outro argumento citado pelo delegado para justificar o pedido foi a preservação da credibilidade das instituições públicas.
Estão em prisão temporária desde o dia 28 de janeiro os sócios da boate Elissandro Spohr, o Kiko, e Mauro Hoffmann, além do músico Marcelo dos Santos, vocalista da banda Gurizada Fandangueira, e o produtor do grupo, Luciano Leão. O prazo expira no domingo (3).
Conforme Dutra, o parecer do MP-RS se baseia no fato de se tratar de crime hediondo. Isso seria corroborado pelo pedido, já negado pela Justiça, que havia sido feito pelo advogado de Kiko, Jader Marques. “Ele pediu para o cliente dele ficar preso por mais 30 dias, mas este período é para crimes hediondos”, declarou o promotor.
Ao considerar os riscos que os envolvidos no caso podem correr se forem soltos, Dutra lembra as circunstâncias que envolveram as prisões. “Três deles foram encontrados em cidades diferentes de Santa Maria quando a prisão foi decretada”, argumenta o promotor, lembrando que apenas Mauro Hoffmann se apresentou à polícia na cidade.
O promotor também faz coro aos delegados ao lembrar que a prisão dos quatro envolvidos preserva a credibilidade das instituições públicas. “Não podemos lidar com este caso como um caso comum”, afirmou.
Outro argumento do parecer é o receio de que, se soltos, os envolvidos possam interferir na investigação. “Não posso descartar a hipótese de que, com a ascendência que eles têm sobre algumas pessoas que ainda precisam ser ouvidas, de algum modo tentem que a apuração dos fatos seja de alguma forma inundada”, declarou.
Caberá agora ao juiz Ulysses Louzada, da 1ª Vara Criminal da cidade, decidir se decreta ou não a prisão preventiva dos envolvidos. Em contato com o G1 na tarde desta quinta-feira, ele afirmou que tomará essa decisão nesta sexta-feira (29).

joel dutra; promotor; tragédia; kiss; incêndio; santa maria; rio grande do sul (Foto: Felipe Truda/G1)

Reprodução Cidade News Itaú

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