sexta-feira, fevereiro 01, 2013

Polícia pede prorrogação da prisão temporária de sócios da boate Kiss e de músicos


A polícia protocolou na noite desta quinta-feira (31) o pedido de prorrogação da prisão temporária dos dois sócios da boate Kiss, em Santa Maria (RS), onde ocorreu o incêndio que deixou mais de 230 pessoas mortas, além dos dois músicos da banda Gurizada Fandangueira. A informação foi conformada pelo fórum do município gaúcho.

O empresário Mauro Hoffman, assim como o vocalista Marcelo dos Santos e o produtor musical Luciano Leão estão presos desde a última segunda-feira (28). Já o empresário Elissandro Spohr --apontado como sócio majoritário da boate-- está sob custódia policial em um hospital da cidade de Cruz Alta, onde está internado tratando de problemas respiratórios decorrentes do incêndio.

Os promotores de justiça de Santa Maria Joel Dutra e Waleska Agostini se manifestaram favorável ao pedido de prorrogação por 30 dias. Segundo eles, a medida é necessária, conforme alegação da polícia, para obtenção de demais provas, como a realização de reconstituição, reinquirição dos investigados, oitivas e outras diligências que se mostrarem necessárias para instrução do inquérito policial. 

"Como os elementos trazidos pela autoridade policial demonstram a ocorrência de homicídio qualificado, uma vez que as mortes se deram pelo fogo e asfixia, o prazo da prisão é de até trinta dias", informaram os promotores por meio de nota.   

Já o primeiro pedido de prisão, expedido na última segunda-feira (28), foi motivado por indícios de que os sócios e os músicos estariam prejudicando as investigações com o desaparecimento ou com a manipulação de provas. 
O delegado que chefia as investigações, Marcelo Arigony, também disse que a Polícia Civil tem medo de que os sócios possam intimidar as testemunhas e interferir nos depoimentos de funcionários.

Os bens dos donos da boate Kiss também foram bloqueados no início dessa semana, a partir da autorização do juiz plantonista do Fórum de Santa Maria (RS), Afif Simões Neto. Ele deferiu o pedido da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul, que também abrange eventuais bens registrados em nome da boate como pessoa jurídica.

Antecedentes criminais
Tanto Spohr como Hoffmann já tinham antecedentes criminais na polícia gaúcha, segundo informações do jornal "O Globo". 

Spohr é acusado de agredir clientes em duas ocasiões e ainda de se envolver em um acidente de trânsito com lesão culposa, conforme registro no banco de dados do Dinp (Departamento Estadual de Informatica Policial). 

Já Hoffmann tem ficha por suspeita de estelionato. As duas queixas de agressão contra Spohr foram comunicadas pelos próprios clientes da danceteria.  

Reprodução Cidade News Itaú

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