quarta-feira, fevereiro 20, 2013

Austríaca que ficou mais de 8 anos em cativeiro revela em entrevista que foi estuprada por sequestrador


A austríaca deu uma entrevista para um programa da televisão alemã

No dia do aniversário de 25 anos, nesta segunda-feira, a austríaca Natascha Kampusch revelou em entrevista que foi estuprada durante os oito anos e meio em que esteve em cativeiro, sob o poder do sequestrador, Wolfgang Priklopil. Raptada aos 10 anos, quando ia para a escola, a jovem foi notícia no mundo inteiro quando finalmente conseguiu escapar, em agosto de 2006. O sequestrador nem chegou a ser preso: ele se suicidou, ao se atirar na frente de um trem.
Natascha foi a um programa da televisão alemã para falar do lançamento do filme "3.096 dias", baseado no livro que escreveu sobre as próprias memórias e experiências no cativeiro. O título é uma referência ao tempo em que ficou sob o poder do homem.

Ela lançou a própria biografia

De acordo com o tabloide britânico Daily Mail, Natascha se recusou a fazer comentários sobre o lado sexual da relação dela com Wolfgang Priklopil. Mas admitiu que ele a estuprava. Ela disse que gostaria que o sequestrador ainda estivesse vivo, para que ele pudesse contar a versão da história.

Wolfgang Priklopil, de 44 anos, se jogou na frente de um trem logo após a fuga

Natascha ainda não sabe discernir os sentimentos que cultiva por Wolfgang. Após o suicidio, ela passou a viver na casa do sequestrador - onde era o cativeiro -, usa o carro dele anda com uma foto do homem na carteira. Ela frisou ainda que Wolfgang nunca teve uma namorada e planejava se casar com ela.

Natascha escapou depois de mais de oito anos em cativeiro

- Quanto mais eu aprendia sobre ele, mais conseguia ver através de suas intenções - disse ela.
Com frequência, a jovem foi acusada na Áustria de ter aproveitado as oportunidades para escapar do sequestrador. Ela disse que saía para fazer compras com Wolfgang e os dois chegaram a viajar juntos, para esquiar em um fim de semana. Mas Natascha garante que não havia oportunidades de fuga.
- Foram anos de pressão em cima de mim. Era como se fosse uma prisão interna, que tornou a fuga impossível. Era puro medo interno. Ele dizia que esfaquearia qualquer um que tentasse me ajudar - relatou a jovem.
Natascha admitiu ainda que muitas pessoas na Áustria não acreditam na versão dela da história. Ainda de acordo com o Daily Mail, algumas autoridades no país acham que Wolfgang Priklopil tinha um cúmplice, e que Natascha não contou toda a verdade sobre o sequestro.
- É muito difícil suportar isso. Estou quase a ponto de ir viver fora do meu país ou de me matar - desabafou ela.

Natascha revelou que foi estuprada

No livro, Natascha conta as humilhações que sofreu nas mãos de Wolfgang e como era o cotidiano em cativeiro. O afeto que ela acabou desenvolvendo pelo sequestrador foi classificado por especialistas como síndrome de Estolcomo, definida quando a vítima cria laços com o criminoso e até colabora com ele.

Reprodução Cidade News Itaú

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