segunda-feira, janeiro 28, 2013

Brasil pode acionar bancos de pele de outros países para vítimas de Santa Maria


O ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, afirmou na manhã desta segunda-feira que o Brasil já está em contato com bancos de pele de outros países para poder garantir o atendimento a vítimas do incêndio que deixou ao menos 231 mortos em uma boate em Santa Maria no domingo.

De acordo com o ministro, já foram contactados bancos de pele dos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Pernambuco, mas, para atender à demanda dos pacientes, mais material pode ser necessário.

"Já fiz contato com meus colegas, ministros da Argentina, Uruguai e Peru. Se for necessário, podemos trazer pele desses bancos", disse Padilha em uma coletiva no centro desportivo, onde os corpos de algumas das vítimas continuam sendo velados .

Ao todo, 121 vítimas continuam internadas, sendo 82 em hospitais de Santa Maria e 39 em outras cidades, incluindo Porto Alegre. Destes, 79 estão em estado grave e respiram com ajuda de aparelhos.

Apesar do número alto de pacientes em estado grave, não foi registrada mais nenhuma morte entre as vítimas do incêndio nesta madrugada. "A grande maioria sofreu intoxicação respiratória, e 20% (das vítimas estão) com grandes queimaduras", afirmou o ministro.

Intoxicação

Um dia epois da tragédia, uma das grandes preocupações dos médicos é com as pessoas que estiveram no local e podem desenvolver quadros respiratórios graves mesmo não tendo ficado feridas.

De acordo com o ministro da Saúde, um quadro de tosse e falta de ar pode evoluir para uma pneumonite química em poucos dias por causa da inalação da fumaça tóxica. "No início da noite de ontem, tivemos cinco pacientes que não haviam sofrido nada e tiveram de ser internados com quadro de pneumonite química."

Ao todo, cerca de 300 pessoas passaram pelos hospitais de Santa Maria desde o incêndio. O atendimento às famílias das vítimas vem sendo feito com 20 equipes de suporte psicológico. Nesta segunda-feira, esses grupos devem visitar familiares das vítimas em hospitais e velórios.

Reprodução Cidade News Itaú

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