quarta-feira, dezembro 12, 2012

Policial nega envolvimento com quadrilha que clonava cartões no RN


O policial civil José Carlos Barbosa, agente lotado da 14ª DP,  em Natal, negou ter qualquer tipo de participação na quadrilha especializada em clonar cartões de crédito, esquema investigado pela Polícia Civil do RN e que resultou, na última quinta-feira (6), na deflagração da Operação Clone, que apura golpes de R$ 3 milhões no mercado potiguar e nos estados de Alagoas, Pernambuco e Paraíba.
Em depoimento ao delegado Márcio Lemos, na tarde desta quarta (12), o investigado alegou que as ligações telefônicas, entre ele e um integrante da quadrilha, foram feitas para cobrar uma dívida. Segundo o delegado, as declarações serão analisadas. Depois de ser interrogado, o policial foi encaminhado ao Comando Geral da Polícia Militar, onde permanece preso.

“Ele disse que vendeu uma moto a um dos integrantes e que o comprador ficou devendo a metade do preço cobrado. Como já havia entregue a moto, ele ficou ligando para cobrar o resto”, contou o delegado.
O investigado disse também, ainda segundo Márcio Lemos, que recebeu alguns pertences de um integrante da quadrilha, os quais foram entregues para sanar o débito. “Como esta versão vai de encontro ao depoimento do integrante, de que José Carlos praticou extorsão, terei que buscar mais provas. Estas irão apontar se o que ele disse é verdadeiro ou não”, ressaltou o delegado.
Ao G1, o delegado também contou que terá acesso aos áudios da investigação ainda na noite desta quarta. As gravações, segundo ele, contêm as ligações entre o policial e a suposta quadrilha. “Pode ser que nestas gravações eu confirme quem está falando a verdade. Caso não, talvez eu peça uma acareação entre os envolvidos”, concluiu Márcio Lemos.
Operação Clone
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte deflagrou, na manhã da última quinta-feira (6), uma operação para prender falsificadores de cartões de crédito que atuam no RN e ainda em Alagoas, Pernambuco e Paraíba. A ação, batizada de Clone, objetivou o cumprimento de 28 mandados de prisão temporária (20 foram cumpridos na ocasião) e outros 32 de busca e apreensão.
Segundo o delegado Júlio Costa, titular da Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações, a quadrilha aplicou golpes de aproximadamente R$ 3 milhões. "Eles compravam equipamentos para clonar cartões de crédito em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, e falsificavam cartões aqui em Natal. Depois, aplicavam golpes no Rio Grande do Norte, em Alagoas, em Pernambuco e na Paraíba", contou o delegado. Em Ribeirão Preto, 100 mil cartões falsos foram apreendidos.
Para clonar as tarjas magnéticas dos cartões de crédito, a quadrilha contava com o apoio de pelo menos três funcionárias de uma rede de supermercados com atuação em todo o Nordeste. Elas eram pagas por cada cartão clonado. Por cada dado de cartão clonado, cada uma delas recebia entre R$ 50 e R$ 100.

Fonte: G1/Cidade News Itaú

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