quarta-feira, dezembro 12, 2012

Federação da Zâmbia relembra 107 gols de artilheiro em um ano e contesta recorde de Messi


No domingo, Messi alcançou 86 gols em um ano, mas marca pode não valer de nada
No último domingo, Lionel Messi marcou duas vezes na vitória por 2 a 1 do Barcelona sobre o Betis, pelo Campeonato Espanhol, e bateu o recorde mundial de gols em um ano e deixou para trás o alemão Gerd Müller: foram 86 tentos do argentino ao longo de 2012, somando partidas do time catalão e da seleção albiceleste. Nesta quarta-feira, porém, um país africano contestou a marca do camisa 10 da equipe catalã. Segundo a Federação da Zâmbia, o artilheiro Godfrey Chitalu fez 107 gols durante o ano de 1972, o que deixaria Messi 21 gols atrás do recorde.

A marca de Chitalu, porém, não é reconhecida pela Fifa. Os 107 gols do artilheiro teriam sido anotados pela seleção do país e pelo Kabwe Warriors, seu time na Zâmbia. Em entrevista à revista sul-africana Soccer Laduma, um porta-voz da Federação zambiana assegurou que vai apelar à Fifa e à CAF (Confederação Africana de Futebol) para validar a marca de Chitalu, derrubando assim o sonho de Messi.

"Temos esse recorde, que está anotado nas súmulas do futebol da Zâmbia, mas infelizmente não é reconhecido no futebol mundial. Mesmo com o mundo vendo o recorde de Messi e a quebra da marca de Gerd Müller, o debate e a discussão deve ser sobre o porquê da marca de Godfrey (Chitalu) não se reconhecida", reclamou um dirigente.

"Montamos um time para analisar os arquivos da Federação e revisar todas as súmulas. Essa equipe vai recalcular todos esses gols e dividi-los por competição. Depois, vamos enviar esses documentos à CAF e à Fifa para mostrar que, mesmo com as grandes marcas de Messi e Müller, o dono do recorde mundial de gols em um ano é africano. É Godfrey Chitalu", completou a Federação de Zâmbia.

Nascido em 1947 na Rodésia do Norte (que depois viria a se chamar Zâmbia), Chitalu defendeu três times durante a carreira: Roan United, Kitwe United e Kabwe Warrios (pelo qual teria conquistado a marca de 107 gols em um ano), além da seleção nacional. Após se aposentar, ele tornou-se técnico da Zâmbia, mas morreu de forma trágica em 1993, aos 45 anos, no famoso acidente de avião que vitimou 18 atletas da equipe nacional, além de dirigentes e membros da comissão técnica.

Fonte: Uol Esporte/Cidade News Itaú

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