sábado, outubro 27, 2012

Seca pode dizimar 60% do rebanho da região

Presidente_da_Amorn_Marco_Aurelio

OESTE - A falta de opções para alimentar os rebanhos da região pode resultar num fenômeno de amplas proporções para a economia regional.
A análise parte do presidente da Associação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Amorn), prefeito Marco Aurélio Rego, que demonstra preocupação com as falhas nas ações direcionadas com o objetivo de suprir os efeitos gerados pela seca que atinge o Estado.
Segundo Marco Aurélio, com o desparecimento da vegetação natural que servia como alimentação para os animais, os produtores da região passaram a depender do milho subsidiado pelo governo federal como a alternativa mais viável para manter os rebanhos vivos.
"O problema se volta para o atraso na entrega por parte da Conab. Para se ter uma ideia, os produtores de Riacho da Cruz tiveram acesso a metade da cota destinada ao município no último mês de agosto, desde então os produtores estão sem acesso ao complemento", destaca o prefeito.
Sem fontes alternativas de alimentação, os animais começam a morrer em grande número e sem perspectiva de mudanças a curto prazo no apoio à alimentação a tendência é de agravamento do quadro.
"A informação que recebemos da Conab é de que existe problema logístico para transportar o milho, mas estamos no limite. A estimativa é de que mais de 60% dos nossos animais morram por falta de alimento", reforça o prefeito. 
Problema logístico impede distribuição nos municípios
Para facilitar a entrega do milho aos produtores da região, a Conab montou uma unidade de apoio em Umarizal que é responsável pela distribuição do milho para 41 cidades.
Dificuldades com o recebimento de estoques oriundos do Sul e Sudeste brasileiros estariam impedindo a manutenção regular da entrega no RN.
Para facilitar o acesso ao milho, os produtores têm direito a cotas de acordo com o número de animais pré-cadastrados. Até quantidade de 50 sacos o valor cobrado pela Conab é de apenas R$ 18. Acima desta quantidade o valor sobe para R$ 21.
"Os açudes estão secando, não temos alimentação disponível. Este milho é a esperança de poder superar este período adverso", reforça o prefeito.
FORRAGEM
Como forma de ampliar a estrutura de apoio à alimentação dos animais da região, o Governo do Estado garantiu em parceria com o Governo Federal a distribuição de forragem em parte das cidades potiguares. A distribuição que começa a ser efetuada na próxima segunda-feira poderá ser ampliada no decorrer das próximas semanas.

Fonte: O Mossoroense/Cidade News Itaú

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