sexta-feira, outubro 05, 2012

Conselho de Segurança da ONU condena ataque sírio à Turquia


O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas condenou fortemente nesta quinta-feira o ataque de morteiro da Síria contra uma cidade da Turquia que matou cinco civis turcos e ordenou que "tais violações à lei internacional parem imediatamente e que não se repitam."

"Os membros do Conselho de Segurança ressaltaram que este incidente destacou o grave impacto que a crise na Síria tem sobre a segurança de seus vizinhos e na paz e estabilidade regional", afirmou o Conselho em comunicado.

O Conselho de 15 membros "pediu ao governo sírio que respeite plenamente a soberania e a integridade territorial de seus vizinhos."

O ataque com morteiro aconteceu na quarta-feira e a Turquia revidou, atacando alvos sírios mais tarde no mesmo dia e nesta quinta-feira.

Mais cedo, diplomatas envolvidos nas negociações disseram que o acordo conseguido foi um texto que era um compromisso entre um rascunho apoiado por potências ocidentais e uma versão da Rússia que circulou pelos integrantes do Conselho nesta quinta-feira.

Mais cedo, a Rússia chegou a bloquear uma resolução do CS contra a Síria, pedindo um texto com termos mais suaves em relação ao regime de Bashar Assad.

INTERVENÇÃO

O Parlamento da Turquia autorizou nesta quinta o Exército do país a fazer operações militares contra a Síria durante o prazo de um ano. A decisão foi aprovada com 320 votos a favor e 129 contra, sendo a maioria dos votos favoráveis do governista Justiça e Desenvolvimento (AKP, sigla em turco).

O pedido foi feito pelo governo do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan com a justificativa de que o ataque é uma séria ameaça à segurança nacional.

Pouco após a votação, o vice-premiê, Besir Atalay, insistiu que a prioridade dos turcos são as ações em coordenação com a comunidade internacional e disse que a medida aprovada pelo Parlamento foi feita em caráter preventivo.

Ao longo do dia, milhares de turcos tomaram as ruas de Istambul, uma das principais cidades do país, para protestar contra uma possível intervenção militar no país vizinho.

Fonte: Folha de São Paulo/Cidade News Itaú

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