quarta-feira, agosto 15, 2012

BARRICHELLO RECLAMA DE CIRCUITOS DA INDY: "NINGUÉM DA F1 CORRERIA NELES"


2012 IndyCar Edmonton
A entrevista de Rubens Barrichello à revista alemã “Auto Motor und Sport” continua a dar repercussão. Além de revelar o pensamento de que ainda tem lugar na F1, o veterano fez críticas às condições precárias dos circuitos onde sua atual categoria, a Indy, compete ao longo da temporada.

Segundo o brasileiro, as pistas mistas e de rua do calendário são extremamente onduladas, o que, em sua visão, dificulta ainda mais o processo de aprendizado para um piloto “com estilo mais suave” como o dele. Para Rubens, esse seria um motivo para explicar por que seus melhores resultados até aqui foram registrados em circuitos ovais.

“Como um ex-presidente da GPDA [Associação dos Pilotos], eu devo dizer que não permitiríamos a entrada desses locais na F1. Nenhum piloto da F1 correria neles”, comparou. “As pistas são muito onduladas e não possuem áreas de escape. Se levássemos os carros da Indy para correr em pistas da Europa, eu me daria melhor. Para mim, tudo isso vem junto: tenho que aprender sobre o carro e os circuitos”, avaliou.

“Eu piloto um carro 200 quilogramas mais pesado que um F1 e meu estilo suave de pilotagem, que eu mantive por 19 anos, não dá certo aqui. Se eu guiasse dessa forma, jamais alcançaria a temperatura ideal dos pneus. Eu tenho que ir contra meus instintos e ser agressivo”, justificou.

“Estranhamente, eu conquistei meus melhores resultados em ovais e vou dizer o porquê: se você corre lá com um estilo mais suave, tem mais chances de marcar pontos. Eu posso fazer isso, então a corrida acaba se adaptamento ao meu temperamento”, ressaltou.

Rubens também mencionou a necessidade de se acostumar a um tipo de automóvel que não conta com os diversos aparatos de auxílio aos quais estava acostumado em sua antiga série. “Na F1, há vários ‘brinquedos’ eletrônicos que não existem aqui. Nem há muitos ajustes que se possa fazer no acerto do carro, somente aqueles mais clássicos nos amortecedores, molas e barras antirrolagem”, explicou.

A única vantagem do modelo da Indy perante o concorrente europeu, de acordo com o brasileiro, está na maior facilidade para fazer ultrapassagens na pista. “É mais fácil, porque depende menos da aerodinâmica e porque muita gente enfrenta problemas com o aquecimento dos pneus nas primeiras voltas. Não há cobertores elétricos. E tem o botão do push-to-pass, que te dá uma vantagem na primeira parte da reta. A asa móvel só funciona na segunda metade dela”, comparou.

Fonte: Portal Uol/Cidade News Itaú

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