Ministério Público, Polícia Civil, Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep) e Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) estão intensificando fiscalização contra ligações clandestinas em Mossoró. O trabalho detectou cinco ligações clandestinas que, juntas, comprometiam abastecimento em 400 mil litros de água por hora.
O volume desviado criminosamente, segundo a Caern, seria suficiente para abastecer todo o centro da cidade. A ligação foi feita ao longo da adutora Jerônimo Rosado, que abastece Mossoró com água da barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em Assu. A água era usada de forma irregular para irrigação.
Segundo a Caern, as pessoas flagradas utilizando indevidamente água tratada para irrigação responderão criminalmente. A ação foi realizada no último dia 24 e é contínuo, visando eliminar todas as ligações irregulares.
O gerente da Regional Mossoró, engenheiro Nehilton Barreto, disse que, pelas denúncias e dados contidos em um levantamento preliminar, ainda existem 15 ligações clandestinas ao longo da adutora, responsáveis pelo desvio de mais 300 mil litros de água por hora.
A água tratada e destinada ao consumo humano estava sendo desviada para irrigar plantações de banana, sorgo, milho, feijão e capim. O total da água desviada, pelos cálculos da Caern, chega a 400 mil litros por hora, o equivalente a 30% do volume transportado pela adutora, que é de 1,3 milhão de litros a cada hora.
A adutora Jerônimo Rosado tem 75 quilômetros de extensão, diâmetro de 600 milímetros, com captação na barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em Assu, sendo responsável pela distribuição de água para 30% da cidade de Mossoró, que tem 70% de sua rede de distribuição abastecida por poços tubulares espalhados pelos vários bairros da cidade.
Fonte: O Mossoroense/Cidade News Itaú
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