domingo, março 11, 2012

Presas não falam em violências físicas

Comum às unidades prisionais espalhadas pelo Brasil, as denúncias de violências físicas não fazem parte das queixas feitas pelas presas do Centro de Detenção Provisória Feminino de Mossoró. Pelo contrário, as internas acabam criando laços de afetividade com as agentes penitenciárias daquela unidade.
Em prisões masculinas, denúncias de maus-tratos, como espancamentos, são bastante comuns, inclusive no Rio Grande do Norte, mas no CDPF não há nenhuma queixa.
A maioria dos servidores da unidade é composta por agentes do sexo feminino, o que pode contribuir para uma administração mais humanizada.
"Elas têm um verdadeiro laço de afetividade com as agentes. A diretora do Centro é chamada de mãe por elas", exemplifica a advogada, mostrando-se feliz por ter encontrado pelo menos um ponto positivo na prisão feminina em relação às prisões masculinas.
De uma maneira geral, o CDP Feminino de Mossoró apresenta atualmente a pior estrutura entre as unidades prisionais estaduais do Rio Grande do Norte. Além dela, existem ainda dois CDPs Masculino, que funcionam também improvisadamente em delegacias da Polícia Civil, uma Cadeia Pública e um Complexo Penal Agrícola, este último para presos que já foram condenados.
"Isso mostra que as mulheres encarceiradas sofrem discriminação, uma realidade que ocorre no Brasil inteiro", diz.

Fonte: Defato

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