domingo, março 11, 2012

Centrais pretendem ampliar vendas de castanha no RN

Uma das principais metas do Sebrae e parceiros no segmento da cajucultura potiguar em 2012 será a formação de duas centrais de comercialização de castanha de caju no Rio Grande do Norte. As estruturas servirão para canalizar a produção obtida nas nove unidades de beneficiamento existentes no Estado, contemplando os pequenos produtores envolvidos na cadeia produtiva.

A iniciativa de se investir nas centrais está na agenda de ações do setor, que foi discutida e pautada durante o encontro do comitê gestor da cajucultura do estado, realizado em Mossoró, na semana passada. O encontro serviu para traçar as estratégias com foco na safra deste ano. Participaram do evento representantes das instituições representativas do setor, como Sebrae, Universidade Estadual do RN (Uern), Fundação Banco do Brasil e produtores.

As centrais serão instaladas nos municípios de Apodi e Macaíba e fazem parte da parceria entre o Sebrae no Rio Grande do Norte e a Fundação Banco do Brasil, que dá suporte ao projeto de unidades de beneficiamento de castanha no Estado. A ideia é canalizar o volume das unidades produtoras para dois polos, ampliando o poder de venda da castanha de caju potiguar e o número de pedidos. "O poder de negociação dos pequenos cajucultores unidos é maior do que se estiverem fracionados. Com as centrais, é possível atender a grandes pedidos e assim ampliar as vendas, dando o ritmo mais contínuo a produção de castanhas no Rio Grande do Norte", explica o gestor do Projeto de Fruticultura do Sebrae-RN, Franco Marinho.

Segundo o analista técnico, a proposta do Sebrae será capacitar as unidades de beneficiamento em várias áreas, principalmente no que se refere à classificação e processamento das amêndoas, assim como na parte de gestão do negócio. A ideia é chegar ao semestre com o pessoal capacitado e implementar ações de acesso a mercados, impulsionadas pela realização da Feira Internacional da Fruticultura Irrigada (Expofruit), marcada para o período de 13 a 15 de junho, em Mossoró.

Recuperação

A implantação das centrais de comercialização são estratégicas também para recuperar as perdas sofridas pelos cajucultores. Em 2010, o Rio Grande do Norte registrou uma redução significativa do volume, traduzindo-se numa queda de quase 60%. Apesar de sinais de recuperação da safra no ano passado, a produção não chegou a atingir as 320 mil toneladas de caju que eram obtidas anualmente. No entanto, os pequenos produtores ligados ao projeto de cajucultura do Sebrae-RN produzem 160 toneladas de castanha de caju por ano. Produção que ainda pode ser ampliada, pois o Rio Grande do Norte só explora 40% do potencial comercial. As centrais serão um incentivo para aumentar essa produção.

Atualmente, as castanhas são processadas em nove minifábricas e as amêndoas são enviadas com marca própria para lojas do grupo Wal-Mart e para empresas do Sul e Sudeste. As regiões Oeste, Alto Oeste e Zona da Mata do Estado são responsáveis por 80% da produção de castanha do Rio Grande do Norte e Serra do Mel, município localizado a 320 quilômetros de Natal, é o maior produtor do Estado. 

Fonte: Tribuna do Norte

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!