O saldo de empregos caiu quase 60% em 2011 no Rio Grande do Norte, em comparação com o ano anterior. De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em 2010, o nosso estado teve saldo final de 30.266 postos de trabalho com carteira assinada, enquanto que no ano passado esse número foi reduzido para 12.269.
O que determinou esse resultado foi o aumento do número de demissões, já que as vagas de trabalho formal criadas foram praticamente as mesmas nos últimos dois anos (196.065 em 2010 e 197.387 em 2011). Se em 2010 a quantidade de demitidos foi de 165.799, no ano passado cresceu para 185.118 (19.319 trabalhadores demitidos a mais).
A indústria foi o setor que apresentou pior resultado e terminou o ano no vermelho, saindo de um saldo positivo de 5.690 empregos em 2010, para um saldo negativo de 2.578 vagas em 2011.
Outros setores também aumentaram o ritmo de demissões. Destaque para a construção civil que mandou quase 40 mil trabalhadores embora, encerrando o ano com saldo de apenas 2.075 empregos (tinha 7.223 postos em 2010). Comércio e serviços também tiveram saldo positivo, mas bem inferiores a 2010.
O único setor que apresentou recuperação foi o agropecuário, que saiu de um salto negativo de 1.047 empregos em 2010 para um positivo de 544 no ano passado (confira o resultado de todos os setores no infográfico).
O Rio Grande do Norte teve o segundo pior saldo da região Nordeste, superior apenas ao do Piauí (10.289). Pernambuco (89.607), Bahia (76.041), Ceará (56.413), Maranhão (25.410), Paraíba (20.273), Alagoas (20.050) Paraíba (20.273) e Sergipe (19.213) complementam a lista.
Em todo o Brasil, foi registrada a geração de 1.944.560 postos de trabalho, equivalentes ao crescimento de 5,41% em relação ao estoque de empregos de dezembro de 2010.
A reportagem tentou falar com o secretário estadual do Desenvolvimento Econômico, Benedito Gama, mas a assessoria de imprensa da secretaria não conseguiu colocá-lo em contato.
Salário
Os salários médios de admissão em 2011 registraram um aumento real (descontada a inflação) de 3,12% em relação a 2010, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta terça-feira (24). Os valores passaram de R$ 888,89 em 2010, para R$ 916,63 em 2011.
Fonte: Defato
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