terça-feira, março 19, 2024

Pressionado por Mossoró, Lewandowski apresenta 29 ações para melhorar sistema prisional

Ricardo Lewandowski concede entrevista sobre fugitivos de Mossoró — Foto: Reprodução

Pressionado por uma crise sem precedentes no sistema penitenciário, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, apresentou na reunião ministerial desta segunda-feira (18) 29 ações que sua pasta já adotou desde a primeira fuga no sistema prisional federal, criado em 2006.


Deibson Nascimento e Rogério Mendonça escaparam da cadeia no dia 14 de fevereiro. Lewandowski tinha assumido o ministério há 14 dias.


Na reunião convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como reação à queda da sua popularidade, Lewandowski esmiuçou as 29 ações tomadas já na sua gestão para equacionar os problemas do sistema penitenciário federal. Entre elas está a instauração do processo para construir uma muralha no presídio de Mossoró e o início da construção de outra, na Penitenciária Federal de Porto Velho.


Foi relatada também a mudança de protocolos, com a implementação de revistas diárias em todas as celas, pátios de sol e parlatórios das cinco unidades federais, com elaboração de relatórios semanais para a direção de cada uma. Além disso, houve a compra de equipamentos de segurança tais como novas câmeras e o reforço de estruturas, inclusive, das luminárias utilizadas por Deibson e Rogério na fuga.


Investigadores suspeitam que fugitivos de Mossoró estejam com celular

As buscas pelos criminosos já estão no 34º dia. Apesar de ainda infrutíferas, dois pontos são citados como positivos pelas equipes responsáveis pela procura. O primeiro deles é que cães farejadores atestam que os dois seguem na região, não tendo conseguido escapar do cerco policial.


O segundo é que, apesar do histórico de violência e crueldade, os fugitivos não cometeram crimes e não estão deixando um rastro de sangue. Havia receio de que os dois repetissem o roteiro de Lázaro Barbosa que, em 2021, baleou quatro reféns enquanto fugia da polícia em uma caçada que durou 18 dias.


Investigadores das forças policiais envolvidos na busca suspeitam que Deibson e Rogério estejam de posse de um celular.


De acordo com esses investigadores, foi mapeado que no início da fuga os dois estavam andando em círculos, com sinais de que não sabiam muito bem como proceder. Depois que fizeram uma família refém e lecaram dois celulares, essa movimentação pareceu mais orientada.


Fonte: g1

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