segunda-feira, agosto 14, 2023

Michelle não receberá nada em caso de divórcio de Bolsonaro, aponta documento

Michelle e Bolsonaro durante reunião do PL em Brasília
Foto: Divulgação / Estadão


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu, entre 1º de janeiro e 4 de julho de 2023, cerca de R$ 17,2 milhões em transações de Pix, segundo apontado por um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Deste valor, a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, não teria direito a nenhum centavo. 


Entre os e-mails que não foram apagados completamente por Osmar Crivelatti, assistende do tenente-coronel Mauro Cid, aliado de primeira-hora do ex-presidente, está a certidão de casamento dos Bolsonaro. O documento, analisado pela CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro, aponta que o casal celebrou a união sob um pacto antenupcial de separação total de bens, adquiridos antes ou depois do casamento. 


Entre os bens declarados pelo ex-presidente, com propriedades e contas bancárias, Bolsonaro afirmou ter um patrimônio de R$ 2,3 milhões. Michelle também consta como dependentente do ex-mandatário na declaração de Imposto de Renda entregue em 2022. O documento também é analisado pela CPMI. 


'Chuva de Pix'

Segundo o Coaf, órgão de combate à lavagem de dinheiro do Ministério da Fazenda, foram 769.717 operações de Pix efetuadas em seis meses que acabaram beneficiando o ex-presidente. 


O documento do Coaf avalia que os valores são "atípicos" e se referem "provavelmente" à campanha de arrecadação promovida por aliados do ex-presidente, cujos valores seriam supostamente usados para quitar multas processuais acumuladas por Bolsonaro.


No início do ano, a chave Pix de Bolsonaro foi divulgada nas redes sociais por ex-ministros da sua administração e alguns parlamentares do PL, como os deputados Mário Frias e Nikolas Ferreira. A campanha foi lançada após a Justiça determinar um bloqueio de R$ 87 mil nas contas do ex-mandatário pelo não pagamento de multas aplicadas contra ele em São Paulo durante a pandemia, em 2021, por promover aglomerações e não usar máscara.


Segundo o relatório, as maiores transações vieram de um grupo de 18 pessoas, formado por advogados, empresários, militares, agricultores, pecuaristas e estudantes, que pagaram entre R$ 5 mil e R$ 20 mil cada ao ex-presidente.


Fonte: Terra

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