Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro temem uma devassa nas contas bancárias do ex-presidente e de Michelle Bolsonaro após novas revelações sobre venda de joias, e já falam em se afastar politicamente dele pelo risco sobre o que ainda pode ser divulgado.
A avaliação é que Bolsonaro está mais encrencado do que previam, será condenado também no STF, virando ficha suja, e ficará inelegível por mais tempo.
"A companhia de Bolsonaro pode começar a ficar tóxica demais. Essa história das joias é muito ruim, desperta antipatia entre eleitores, até entre aqueles que votaram nele", disse um aliado do ex-presidente.
Dentro do PL, a disposição é evitar defesas extremadas de Bolsonaro exatamente pelo risco do que pode ser revelado ainda.
O receio, neste momento, é que o ex-presidente, em vez de ajudar a eleger prefeitos da legenda no ano que vem, possa acabar dando munição para aumentar a rejeição à sigla e seus candidatos nas eleições municipais.
A Polícia Federal pediu a quebra dos sigilos bancários e fiscal de Bolsonaro e Michelle Bolsonaro. A autorização depende do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga o ex-presidente. Antes, ele vai solicitar um parecer da Procuradoria-Geral da República sobre o pedido da PF.
Enquanto isso, a CPI dos Atos Golpistas vai mirar o caso das joias para tentar ligá-lo com os atos de depredação dos prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro.
O ex-ajudante de ordens Mauro Cid deve ser reconvocado e o advogado Frederick Wassef, convocado. A avaliação da ala governista na comissão é que o cerco se fecha contra Bolsonaro.
E, nesta semana, o clima já deve esquentar ainda mais para o ex-presidente e seu governo. Na quinta, a CPI dos Atos Golpistas vai ouvir o depoimento do hacker Walter Delgatti, que negocia uma delação com a PF.
Fonte: Blog do Valdo Cruz
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