segunda-feira, julho 24, 2023

Sobrevivente do ataque contra Marielle diz que operação desta segunda é 'passo importante' para esclarecimento do crime

Fernanda Chaves, assessora de Marielle Franco — Foto: Reprodução/TV Globo

A assessora Fernanda Chaves, que sobreviveu ao atentado contra a vereadora Marielle Franco em 2018, afirmou nesta segunda-feira (24) ter recebido com "satisfação" notícia do avanço das investigações com a prisão de um terceiro suspeito de envolvimento no crime.


Em nota enviada à GloboNews, Fernanda parabenizou à Polícia Federal e disse que a operação desta segunda-feira é um "passo importante" para o esclarecimento dos assassinatos de Marielle e do motorista Anderson Gomes.


"Recebo a notícia com satisfação. Um passo importante, sobretudo, após um imenso hiato, em que ficamos sem qualquer avanço das investigações e nenhuma manifestação das autoridades sobre esse crime", afirmou Fernanda Chaves.


Mais cedo, nesta segunda, a Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro, prendeu o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel. Ele já havia sido preso em 2020. E, em 2021, foi condenado por atrapalhar investigações, mas cumpria pena em regime aberto.


A operação Élpis ocorre depois da delação premiada de Elcio de Queiroz, que confessou ter participado do crime, disse que Ronnie Lessa matou Marielle, e apontou o envolvimento de Suel.


Busca por resposta

Para a assessora de Marielle à época dos assassinatos, o crime teve motivação política e expôs a "vulnerabilidade" da democracia brasileira. "Expôs a frágil proteção oferecida aos defensores de direitos humanos", frisou Fernanda.



Ela disse ainda que o não esclarecimento do crime até o momento contribui para "a sensação de impunidade" e "macula a legitimidade das instituições garantidoras de justiça e segurança pública do país".


Fernanda também declarou que "quem zela pela democracia irá em busca da resposta". "Parabéns à PF que, por determinação do ministro da Justiça, colocou no centro das prioridades a solução do crime", concluiu a ex-assessora de Marielle.


'Esperança'

Diretora-executiva do Instituto Marielle Franco, Lígia Batista disse que a prisão de Suel gera "esperança".


"A gente chega a meia década sem resposta desse crime. A gente continua aguardando nao só a marcação do júri popular, mas também respostas concretas sobre os autores intelectuais desse crime e as razoes que levaram ao assassinato da Marielle e do Anderson", afirmou Lígia.


Ela também diz ver como algo "positivo" a participação da PF nas investigações. "A gente segue com muita atenção, a gente vê com esperança essa nova prisão e segue aguardando quais serão os próximos desdobramentos sobre esse caso", declarou.


Fonte: g1

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