O Profissão Repórter desta terça-feira (11) mostrou a grilagem de terras no Cerrado e os impactos do desmatamento em áreas do Tocantins. Em uma ação do Ibama, o dono da Fazenda Santa Cecília foi multado em R$ 1,5 milhão pelo desmatamento ilegal de 314 hectares.
A fazenda recebeu quatro autuações – duas pelos danos nas áreas de reserva legal, e outras duas pelas áreas de preservação permanente. As áreas desmatadas foram embargadas.
A Fazenda Santa Cecília, responsabilidade de Altamiro Vieira da Cunha, entrou em uma área de preservação permanente – para proteger as terras que têm nascentes e beiras de rios. Quando questionado pelos fiscais do Ibama, ele disse que o erro não foi dele, mas sim das empreiteiras de quem comprou as terras.
“Isso aqui no dia que eu vi que tinha sido feito, eu peguei e suspendi o serviço. Na verdade, você contrata os empreiteiros e os caras vêm, não sei se bebem uma pinga ou esquecem o que foi feito, porque foi feito até uma picada aqui. Da picada pra cá não podia passar. O cara sabe disso”, diz Altamiro.
A reportagem pergunta por que ele decidiu desmatar a área. Ele nega ter sido sua decisão:
”Não foi minha decisão desmatar, não. Isso foi erro do empreiteiro. Nós não pedimos e nunca vamos pedir”, defende-se.
O erro citado por ele, no entanto, corresponde a 50 hectares de terra, e que inclusive compreende uma área de nascente – nascentes, por si só, já são consideradas áreas de proteção permanente. Altamiro afirmou que o erro foi de quem estava no trator a desmatar as terras.
“Mas quem responde é ele [Altamiro], né, não é o terceirizado”, relata o fiscal do Ibama.
No total, mais de 300 hectares foram desmatados ilegalmente. A fazenda Santa Cecília recebeu quatro – duas pelos danos nas áreas de reserva legal, e outras duas pelas áreas de preservação permanente. As autuações somaram R$ 1,5 milhão e as áreas desmatadas foram embargadas.
Fonte: g1
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