O circuito interno de segurança da casa de Kátia Regina de Carvalho, de 56 anos, registrou o momento em que ela cai bruscamente do telhado de sua casa em Itaguara, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O caso aconteceu no dia 13 de março, mas viralizou na internete nos últimos dias.
O vídeo foi postado nas redes sociais dela e da filha, Tamara Carvalho, de 27 anos, e, até a conclusão desta reportagem, tinha mais de 8,5 milhões de visualizações.
Ele também registra o salto dado pelo marido, ao pular do telhado para socorrer Kátia.
"A escada desarmou debaixo de mim. Eu caí atrás e bati as costas em um murinho. Quando eu bati no chão, eu gritei de dor e chamei pelo meu esposo", relembrou a mulher.
Ela e o marido Alexandre Antônio de Carvalho, de 55 anos, estavam guardando materiais em um espaço na área da caixa d'água, ele em cima do telhado e ela na base da casa.
A aposentada contou que usou a escada porque o marido encontrou uma casa de marimbondos no telhado. Em seguida, ele pediu para que ela subisse com um inseticida. Foi quando aconteceu o acidente.
"Eu estava lá dentro desse espaço, mexendo com as caixas, quando ouvi um grito bem fraquinho e vi que a escada sumiu. Quando eu olhei para baixo, vi minha esposa caída no chão. Só pensei em pular. Pulei com todo cuidado, sem forçar nada. Aí veio a questão: o que eu faço? Pego, tiro, carrego ela? Mesmo tendo treinamento de primeiros socorros, vem a dúvida. Fui conversando com ela, vi que tinha movimento nas pernas", contou Alexandre.
O passado militar de ambos contribuiu para que as consequências do tombo não fossem mais graves. Os dois são policiais da reserva. Kátia passou 33 anos na corporação.
"Imediatamente pensei que precisava ficar quieta e me estabilizar. Bati e virei para deitar. Quando olhei para cima, vi meu marido vindo. Ele queria sair correndo para pedir ajuda, mas como moramos na área rural, sabia que precisava ir para Betim [Região Metropolitana de BH]. Comecei a arroxear na hora, da lombar pra baixo, foi uma pancada muito violenta. Pedi para ele me levar com muito cuidado. Eu fui direcionando ele para colocar muitos travesseiros comigo, aí deitei de ladinho e fomos para o hospital, disse Kátia.
Ela contou ao g1 que, no momento, teve medo de ter alguma hemorragia ou fratura internas, ou até mesmo de ficar tetraplégica.
"Na Polícia, eu atendi uma ocorrência em que um homem que trombou em um ônibus acabou morrendo de hemorragia interna. Esse era o meu maior medo", afirmou a militar aposentada.
Kátia foi atendida no Hospital Mater Dei de Betim, também na Grande BH. Ela passou por vários exames e não teve nenhuma sequela.
Sobre a escada, Alexandre disse que vai deixar guardada.
"Vou comprar outra pela internet, mais articulada e a outra vai ficar lá quietinha, parada", disse.
Fonte: g1
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