terça-feira, março 28, 2023

MP pede internação provisória e urgente avaliação psiquiátrica de autor de ataque a escola em SP

O Ministério Público de São Paulo pediu nesta terça-feira (28) a internação provisória do adolescente acusado de ser autor do ataque que deixou uma pessoa morta em uma escola na Zona Oeste da capital na segunda-feira (27).


Escola onde aluno matou professora em SP — Foto: Arthur Stabile/g1


O MP também solicitou que o jovem passe urgentemente por avaliação da equipe Técnica da Fundação Casa e por avaliação psiquiátrica.


Agora, a Justiça de São Paulo deve decidir sobre os pedidos.


“Trata-se de fato extrema e concretamente grave, praticado mediante violência real contra diversas pessoas, e de indiscutível repercussão social”, justificou a Promotoria de Justiça da Infância e Juventude.

O Ministério Público ainda pontuou que "a conduta do adolescente colocou em risco toda a coletividade de alunos e funcionários que estava presente na escola no momento do ataque, somente não tendo alcançado proporções ainda maiores porque foi impedido de prosseguir com seus atos”.


As “circunstâncias evidenciam a impossibilidade, por ora, do jovem permanecer em convívio social”, completou a Promotoria.


O estudante foi ouvido na tarde desta terça pelo Ministério Público de São Paulo. O crime aconteceu no começo das aulas da segunda (27).


O agressor, um aluno de 13 anos do oitavo ano na escola, foi desarmado por professoras, apreendido por policiais e levado para o 34° DP, onde o caso foi registrado. Elisabete Tenreiro, de 71 anos, teve uma parada cardíaca e morreu no Hospital Universitário da USP. O corpo da docente foi velado na manhã desta terça.


Um dia após os ataques, alunos da Escola Estadual Thomazia Montoro fazem uma vigília na porta da unidade. Maria das Graças, mãe de um aluno da escola, disse, em entrevista ao programa Encontro, que temia desde o ano passado que uma tragédia pudesse ocorrer na escola por conta de "brigas pesadas".


Brigas frequentes, bullying, falta de segurança

A escola faz parte do Programa de Ensino Integral (PEI), projeto do governo do estado de São Paulo, desde 2021 -- no governo de João Doria (então no PSDB).


Relatos de pais, alunos e profissionais da educação indicam para déficit de funcionários e precarização do trabalho. Ex-alunos e pais que mencionam episódios de bullying e maus-tratos entre os muros da escola.


Segundo dados do Censo Escolar, conta com 15 professores e aproximadamente 300 alunos matriculados do 6º ao 9º ano do ensino fundamental.


Fonte: g1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!