terça-feira, março 07, 2023

Dino pede que PF investigue vereador que ligou, sem provas, ministro do STF à pedofilia

O ministro da Justiça, Flávio Dino, pediu nesta terça-feira (7) que a Polícia Federal investigue o vereador Sandro Fantinel (sem partido), de Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul. O político fez acusações sem provas contra um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), ligando o magistrado ao crime de pedofilia.


Vereador Sandro Fantinel (Patriota) sugeriu que trabalhadores da Bahia não sejam contratados por produtores do RS e chamou repercussão de caso de trabalho análogo à escravidão de 'exagerada e midiática' — Foto: TV Câmara Caxias/Reprodução


Dino solicitou que o caso seja incluído nos inquéritos que apuram a disseminação de fake news e a organização de atos antidemocráticos pelo país.


Durante uma sessão ordinária na Câmara Municipal de Caxias do Sul, em 17 de novembro do ano passado, o vereador afirmou: "Um ministro do Supremo Tribunal Federal participou de uma orgia com crianças fora do Brasil. Como um cara desse vai permitir que sejam criadas leis mais severas para quem comete esse crime aqui dentro? A vergonha começa lá em cima".



Fantinel voltou aos holofotes na semana passada depois de dar declarações xenófobas em relação trabalhadores baianos vítimas de trabalho escravo em vinícolas gaúchas.


Na última terça-feira (28), Fantinel usou a tribuna da Câmara de Vereadores para pedir que os produtores da região "não contratem mais aquela gente lá de cima", se referindo a trabalhadores vindos da Bahia. Além disso, disse que "a única cultura que os baianos têm é viver na praia tocando tambor".


O vereador se referia aos homens encontrados em situação semelhante à escravidão em um alojamento de Bento Gonçalves. A maioria deles, contratados para a colheita da uva, veio do estado nordestino.


O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) ajuizou uma ação civil pública pedindo que o vereador pague uma indenização de R$ 300 mil pelas falas. Mais de 200 trabalhadores foram resgatados.


Fonte: g1

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