quinta-feira, janeiro 05, 2023

Quase quatro milhões de brasileiros vivem em 13 mil áreas de risco, aponta levantamento


Um levantamento divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil informou que mais de 13 mil áreas foram consideradas de risco geológico alto ou muito alto. Das 1.621 cidades mapeadas, 1.421 apresentaram regiões de risco.


São áreas sujeitas a deslizamentos, inundações, e danos provocados por enxurradas e erosões. Desastres que podem afetar 3,9 milhões de pessoas.


Os estados que têm mais áreas de risco são:


Santa Catarina: 2,9 mil regiões

Minas Gerais: 2,7 mil regiões.

Espírito Santo: 1 mil regiões.

Ouro Preto, em Minas gerais, é a cidade com o maior número de áreas de risco do país: 313. Pelo menos 97% dessas áreas estão no patamar de risco geológico alto e 2,8%, muito alto. Na cidade, a população ocupa os espaços entre as montanhas e o Parque do Itacolomi, desde a época do Ciclo do Ouro. Muitas construções são irregulares, erguidas nas encostas.


“Os dias que está chovendo muito você tem que levantar, abrir a porta, ficar olhando qualquer barulho que faz. A porta de um carro que bate, você já pensa que é uma terra que está descendo, é complicado”, explica Wagner Custódio, pedreiro.

Desde 2011, o Serviço Geológico do Brasil vem mapeando as áreas de risco do país. Das mais de 5,5 mil cidades brasileiras, 1,6 mil são mapeadas – algumas têm serviço próprio de monitoramento ou do estado.


“Uma vez que as áreas são mapeadas e são divulgadas, espera-se que sejam tomadas providências, seja para mitigar os riscos naqueles locais onde é impossível remover, por exemplo, as populações, as edificações, seja para tomar medidas de engenharia para estabilizar as encostas”, conta Júlio César de Lana, geólogo e chefe do programa de mapeamento de risco.


Fonte: g1

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