quarta-feira, janeiro 11, 2023

Empresas de ônibus fretados levaram 12,5 mil pessoas ao DF às vésperas dos atos de terrorismo

Dados dos sistemas de monitoramento da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) mostram que, entre os dias 5 e 9 de janeiro, ônibus fretados registraram a previsão de transportar 12.560 pessoas de várias partes do país a Brasília.



O período antecedeu os atos de terrorismo e vandalismo na Esplanada dos Ministérios que depredaram as sedes dos três poderes – o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional.


Os dados de viagem são produzidos pelo Sistema de Habilitação de Transporte de Passageiros e foram obtidos com exclusividade pela TV Globo.


O número representa a previsão de movimento informado às autoridades – ainda não é possível saber se todos esses passageiros embarcaram de fato, ou mesmo se os ônibus executaram os trajetos.


Autoridades ouvidas pela TV Globo afirmam que o número indica um "boom" e um "movimento fora da curva", especialmente considerando a inexistência de feriados ou festas típicas no período.


Licenças e contratantes

Nos cinco dias que antecederam o quebra-quebra em Brasília, segundo o sistema, foram emitidas 343 licenças para a operação dos ônibus fretados, solicitadas e concedidas a 309 contratantes diferentes.


O número inclui empresas e donos de veículos, e indica pouca concentração de organizadores das viagens.


O transporte regular interestadual, feito tradicionalmente em rodoviárias, movimentou 5.336 ônibus no período.


O número de passageiros ainda não está fechado, mas essa operação não demonstrou grandes oscilações – apesar da possibilidade de aumento da frota, quando necessário.


Levantamento apoia investigações

Levantamentos desse tipo devem ser usados pelas autoridades federais para tentar mapear o fluxo de pessoas que viajaram para os atos de vandalismo na área central de Brasília.



O relatório completo foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e inclui detalhes como:


o nome dos passageiros;

as rotas percorridas pelos veículos;

as empresas responsáveis pelas viagens.

Agora, a Polícia Civil e a Polícia Federal se debruçam sobre a lista de empresas de ônibus fretado, para, posteriormente, descobrir quem pagou pelo transporte.


Fonte: g1

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