terça-feira, novembro 01, 2022

Silêncio de Bolsonaro alimenta caos provocado por golpistas nas estradas



É inaceitável esse movimento ilegal com uma pauta golpista e que tem suprimido direitos de milhares de pessoas pelo Brasil nas estradas. É o nosso capitólio. E a obrigação do presidente Jair Bolsonaro é desestimular esse movimento que se formou para defender a ideia delirante que se possa reverter o resultado das eleições.


O Supremo Tribunal Federal já formou maioria em torno da decisão cautelar do ministro Alexandre de Moraes de determinar ao diretor geral do PRF, Silvinei Vasques, para desobstruir imediatamente as rodovias. Em decisão hoje pela manhã, Moraes afirma que as polícias militares têm atribuição legal para atuar para desobstrução das vias públicas.


Falei hoje cedo com uma autoridade do Judiciário e o que ele me disse é que a tentativa insana dos manifestantes bolsonaristas é provocar deliberadamente o caos para que Bolsonaro decrete uma operação das Forças Armadas, através de uma GLO, Garantia da Lei e da Ordem.


O objetivo destas manifestações é provocar o caos na economia e no abastecimento de alimentos e para a indústria, e parar o país. O primeiro responsável por esta lamentável situação chama-se Jair Bolsonaro. Ele deve ir a público imediatamente, não só reconhecer o resultado legítimo das urnas, como mandar esse grupo dispersar. Estão aguardando na estrada a fala do presidente porque eles estão lá em nome dele.


Falei com uma pessoa que está desde domingo à noite num bloqueio da Via Dutra perto de Barra Mansa, dentro de um ônibus, e ela me relatou que todos estão exaustos fisicamente e emocionalmente.


Há casos piores. Ouvi relatos de ameaças a passageiros em Santarém e na Transamazônica com manifestantes negando acesso a alimentos e perguntando aos passageiros em quem eles votaram, em clara ameaça a todos.


Bolsonaro tem que desautorizar esses manifestantes e o diretor da PRF tem que agir imediatamente por determinação do STF. Ele pode ser preso se não agir. Seu comportamento é usar a Polícia Rodoviária Federal como instrumento de um governo e não estado, como deve ser. Há vídeos de policiais rodoviários federais exaltando os movimentos ou de braços cruzados. Vasques conduziu a politização e o aparelhamento dos agentes, e a Polícia Rodoviária Federal ficou omissa e inerte, segundo a própria decisão de Alexandre de Moraes.


Fonte: o Globo

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