quarta-feira, outubro 19, 2022

Campanha de Lula recorre de decisão que vetou vídeo com fala de Bolsonaro sobre venezuelanas



A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recorreu nesta terça-feira (18) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra decisão que proibiu o uso de um vídeo em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) diz que "pintou um clima" ao descrever encontro com meninas venezuelanas de 14 e 15 anos.


A decisão que vetou o uso do vídeo em propaganda eleitoral foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes no domingo (16). O PT defende que não houve descontextualização de conteúdo do vídeo e pede que o entendimento seja reconsiderado pela Corte.


Na sexta-feira (14), em conversa com influenciadores em um podcast, o presidente falava sobre a vinda de venezuelanos ao Brasil quando narrou um encontro com meninas de idades de 14 e 15 anos durante um passeio de moto nos arredores de Brasília.


Ao relatar o episódio, ocorrido em 2021, o presidente disse que "pintou um clima" ao interagir com as garotas e insinuou que elas estariam se prostituindo.


A campanha de Bolsonaro afirmou que a campanha de Lula e a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), presidente do PT, divulgaram e compartilharam conteúdos em que a fala de Bolsonaro sobre as meninas venezuelanas foi gravemente tirada de contexto com o objetivo de associá-lo à pedofilia.


Em sua decisão, Moraes disse que: "A divulgação de fato sabidamente inverídico, com grave descontextualização e aparente finalidade de vincular a figura do candidato ao cometimento de crime sexual, parece suficiente a configurar propaganda eleitoral negativa".


A defesa do PT argumenta que “não há lacuna interpretativa na fala para promoção de qualquer descontextualização, porque na entrevista em questão, de fato, Jair Bolsonaro aborda a questão sensível dos refugiados venezuelanos, perfazendo sua fala sobre o assunto”.


“Entretanto, o que choca é a história contada por ele para exemplificar a sua crítica acerca dos refugiados venezuelanos, relato esse que é objetivo, chapado, sem espaço para entendimento diverso”, dizem os advogados.


Fonte: g1

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