terça-feira, setembro 13, 2022

Depois do Ipec, aliados avaliam que Bolsonaro segue como seu principal adversário



Depois da divulgação da pesquisa Ipec, na qual o presidente da República ficou estagnado nos 31%, aliados do presidente Jair Bolsonaro avaliam que ele segue como seu principal adversário na campanha da reeleição.


Segundo esses aliados, de novo o presidente acaba contribuindo para perder votos que ele ganha em alguns segmentos do eleitorado, fazendo, nas palavras de um líder do Centrão, quase um “jogo de soma zero”.


Na pesquisa Ipec, Lula oscilou dois pontos para cima, saindo de 44% para 46%, enquanto Bolsonaro ficou estável em 31%.


O comitê de reeleição esperava uma alta nas intenções de voto do presidente depois da demonstração de força feita por ele nas celebrações do Bicentenário da Independência, quando reuniu multidões em Brasília, Rio e São Paulo. Isso, inclusive, se refletiu no último Datafolha, quando Bolsonaro subiu de 32% para 34%.



Só que, segundo aliados do presidente, o que ele ganhou com as manifestações acabou perdendo depois, quando outros efeitos dos atos de Sete de Setembro começaram a impactar na eleição.


Por exemplo, as declarações feitas por Bolsonaro de que é “imbrochável”, de teor machista e rejeitado pelas mulheres. E o tom de ameaça usado por ele em alguns momentos dos discursos em Brasília e no Rio, direcionados para o Supremo Tribunal Federal (STF).


Interlocutores de Bolsonaro lembram ainda que, até agora, ele não deu uma explicação “plausível” para a compra de imóveis em dinheiro vivo, além de não ter condenado o assassinato de um petista por um bolsonarista no Mato Grosso.


“Ele não tem culpa pelo crime, mas ele precisava ter condenado o que aconteceu, como fizeram os outros candidatos”, avalia um líder do Centrão.


Nesta segunda-feira (12), por sinal, já reflexo dessa estagnação nas pesquisas, Bolsonaro ensaiou um discurso mais moderado e conciliador. Chegou a se arrepender, pela primeira vez, das declarações dadas durante a pandemia, que mostravam um presidente que não se solidarizava com as vítimas da Covid no Brasil.


Segundo Bolsonaro, ele deu uma “aloprada” na época.


Além disso, ele afirmou que, se perder, vai passar a faixa para o vencedor e se recolher, insinuando que pode deixar a política. Um tom bem diferente do adotado por ele até então, quando deixava a entender que não aceitaria uma derrota.


Fonte: Blog do Valdo Cruz

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