quinta-feira, agosto 04, 2022

Anistia Internacional acusa Ucrânia de colocar tropas perto de áreas residenciais; Zelensky responde irritado

O grupo de direitos humanos Anistia Internacional afirmou nesta quinta-feira (4) que a Ucrânia expõe civis a perigo ao usar áreas residenciais como bases de tropas durante a invasão da Rússia.


O governo ucraniano afirma que o relatório da Anistia Internacional é semelhante à propaganda e à campanha de desinformação russas.


O presidente Volodymyr Zelensky acusou o grupo de ser cúmplice do que chamou de ataques não provocados da Rússia à Ucrânia. Segundo ele, a Anistia Internacional "tenta transferir a responsabilidade do agressor para a vítima".


Equipes de resgate trabalham em um prédio residencial danificado por um ataque de míssil russo em Kiev, Ucrânia - 26 de junho de 2022 — Foto: REUTERS/Valentyn Ogirenko


Bases em áreas residenciais próximas da linha de frente

Entre abril e julho, membros da Anistia testemunharam forças ucranianas "estabelecendo bases e usando sistemas de armas" em áreas residenciais próximas da linha de frente no leste e sul da Ucrânia, segundo o relatório.


"Documentamos um padrão de forças ucranianas que colocam civis em risco e violam as leis da guerra em áreas populosas", disse o relatório.


Carros ficam danificados e cobertos por detritos após prédio residencial em Kiev, capital da Ucrânia, ser atingido por bombardeio em 16 de março de 2022 — Foto: Serviço de Emergência da Ucrânia/Reuters


Afastar as forças ou retirar moradores

Agnès Callamard, secretária-geral da Anistia Internacional, pediu ao governo ucraniano que garanta que suas forças estejam localizadas longe de áreas povoadas ou que todos os civis sejam retirados dessas áreas.


Zelensky, em uma mensagem de vídeo, disse que o grupo estava tentando "anistiar o Estado terrorista" (a Rússia).


"Não há condições, nem pode haver, mesmo hipoteticamente, sob as quais qualquer ataque russo à Ucrânia se justifique", disse Zelensky (segundo a agência Reuters, ele estava visivelmente agitado ao falar isso).


Ele prosseguiu: "Qualquer um que anistie a Rússia e cria um contexto de informação no qual alguns ataques de terroristas são supostamente justificados ou supostamente compreensíveis não pode deixar de entender que, ao fazê-lo, está ajudando os terroristas; [quem faz isso] compartilha com eles a responsabilidade pelos assassinatos de pessoas".


Fonte: g1

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