terça-feira, julho 12, 2022

Ucrânia bombardeia região ocupada pela Rússia no sul e deixa sete mortos

Em uma contraofensiva para tentar recuperar seus territórios, a Ucrânia bombardeou nesta terça-feira (12) a região de Kherson, no sul do país, atualmente sob domínio da Rússia. Ao menos sete pessoas morreram e quase 60 ficaram feridas, segundo anunciaram as forças de ocupação de Moscou.


Na segunda-feira (11), o governo ucraniano havia revelado planos de reconquistar territórios ocupados pela Rússia, no sul e no leste do país, utilizando armas e equipamentos que vêm sendo fornecidos ao país pelos Estados Unidos e por países europeus.

Foi o que aconteceu no ataque desta terça-feira, segundo a vice-comandante da administração das forças de ocupação russas em Kherson, Ekaterina Gubareva. Gubareva confirmou o balanço de sete mortos e acusou as forças ucranianas de de terem utilizado o sistema americano de lançadores de foguetes múltiplos HIMARS.


"Está claro que foi um ataque deliberado, violento e cínico com mísseis de alta precisão. Aqui não há alvos militares (...) armazéns foram atingidos, assim como lojas, uma farmácia, postos de gasolina e até uma igreja", disse o comandante da administração cívico-militar instalada pelos russos na região de Kherson, Vladimir Leontiev.


Estrada destruída nos arredores de Kherson, cidade no sul da Ucrânia ocupada pela Rússia e que Kiev tenta reconquistar. — Foto: Marko Djurica/ Reuters


A Ucrânia não falou em número de mortos e afirmou que atacou alvos militares em Nova Kakhovka, com um balanço de 52 militares russos e um depósito de munições destruído.


Imagens divulgadas pelas autoridades de ocupação mostram vários edifícios destruídos. "Dezenas de casas foram atingidas (...) estamos retirando as pessoas dos escombros", declarou Leontiev. "É uma tragédia terrível. O número de vítimas vai aumentar porque a magnitude dos danos é enorme".



O exército ucraniano investe na contraofensiva na região de Kherson aproveitando que a maior parte das tropas russas está mobilizada no Donbass, leste da Ucrânia. Localizada no sul do país, Kherson faz fronteira com a Crimeia, região anexada por Moscou em 2014.

Na segunda-feira (11), Kiev afirmou que conseguiu recuperar território e se aproximou de Kherson, que tem 290.000 habitantes, mas ainda não conseguiu avançar profundamente na área de defesa russa.


Ainda segundo o governo ucraniano, cinco cidadãos do país que estavam sendo mantidos em cativeiro por tropas russas na região foram libertados durante a ação, que Kiev também chamou de "operação especial", nome que a Rússia utiliza para se referir à invasão ao país vizinho.


"Durante uma operação especial... nos territórios temporariamente ocupados da região de Kherson, cinco cidadãos ucranianos mantidos em cativeiro pelos ocupantes russos foram libertados", disse o serviço de inteligência militar ucraniano (GUR) em comunicado.

Segundo o órgão, entre os libertados estão um soldado, um ex-policial e três civis.


O exército ucraniano realiza uma contraofensiva há várias semanas no front de Kherson, cuja região foi quase totalmente ocupada pelas forças russas desde os primeiros dias da invasão da Ucrânia lançada em 24 de fevereiro.


Fonte: g1

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