quarta-feira, junho 01, 2022

Fora da agenda oficial, ministro reúne conselheiros da Petrobras para discutir transição na empresa



O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, reuniu nesta terça-feira (31) os conselheiros indicados pelo governo na Petrobras para discutir a transição no comando da empresa. Também foi debatido o cenário atual do setor de combustíveis, com pressões para novos reajustes e o risco de desabastecimento.


O nome indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para substituir José Mauro Ferreira Coelho na presidência da estatal, Caio Paes de Andrade, participou da reunião. Além dele, também estavam presentes os conselheiros escolhidos pelo governo: Márcio Weber, atual presidente do Conselho de Administração; Murilo Marroquim de Souza; Luiz Henrique Caroli; Sonia Julia Sulzbeck Villalobos; e Ruy Flaks Schneider.


A informação do encontro foi passada ao blog por assessores do presidente da República, depois de indagados sobre que medidas o governo vai adotar para evitar novos reajustes e também garantir fornecimento de diesel no país no segundo semestre. Segundo eles, Sachsida reuniu os conselheiros para analisar o cenário atual e estudar medidas para o setor.


O Ministério de Minas e Energia confirmou ao blog que a reunião ocorreu, mas que não houve nenhum debate sobre mudanças no estatuto da empresa para permitir alterações na política de reajuste de preços da estatal. O encontro não consta da agenda oficial do ministro Adolfo Sachsida. O ministério disse que na reunião foram discutidos aspectos relacionados à transição na empresa com a nomeação do novo presidente da estatal.



Nesta semana, o governo deve enviar à Petrobras os nomes dos conselheiros que vão representar a União. Com a decisão de trocar José Mauro Coelho por Caio Andrade, o governo será obrigado a enviar os nomes de novos conselheiros. A reunião desta terça sinaliza que o Palácio do Planalto pode optar pela recondução dos atuais conselheiros, ou pelo menos da maioria deles.


No Palácio do Planalto, a Petrobras tem sido acusada de ser “alarmista” ao citar o risco de falta de diesel no segundo semestre. A estatal, em ofício encaminhado ao governo, disse que a conjunção de vários fatores pode levar a uma escassez do produto no mundo e afetar o Brasil.



Entre esses fatores, estão a maior demanda por diesel, que sempre acontece no segundo semestre no hemisfério Norte, a guerra da Rússia contra a Ucrânia, a temporada de furacões, que podem prejudicar a produção no golfo americano, e paradas programadas de refinarias no Brasil, para manutenção.


O governo segue ainda buscando uma forma de evitar novos reajustes de preços de combustíveis até as eleições. O Palácio do Planalto trabalha em três frentes: aprovar o projeto que limita a cobrança de ICMS sobre combustíveis a 17%, o que contribuiria para reduzir o preço de gasolina e diesel; concessão de subsídio para caminhoneiros autônomos, taxistas e motoristas de aplicativos; e aumentar o espaço entre os reajustes.


Fonte: Blog do Valdo Cruz

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