quarta-feira, fevereiro 23, 2022

Comissão do Senado quer que Presidência revele despesas pagas com cartão corporativo

Uma comissão do Senado aprovou nesta terça-feira (22) um pedido para que a Presidência da República divulgue os gastos realizados com o cartão corporativo durante a gestão.


O requerimento foi baseado em uma matéria publicada, em janeiro, pelo jornal "O Globo", que mostrou que, desde o início da gestão até dezembro de 2021, o presidente Jair Bolsonaro gastou R$ 29,6 milhões com cartões corporativos. O valor é R$ 18,8% maior que o montante consumido no governo anterior, dividido entre Dilma Rousseff e Michel Temer.


O pedido foi proposto por Fabiano Contarato (PT-ES) e recebeu o aval unânime dos senadores da Comissão de Transparência e Fiscalização (CTFC). No entanto, a solicitação ainda precisa passar pela Mesa Diretora da Casa, composta por 11 senadores e comandada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que marca as reuniões do grupo. O último encontro ocorreu em julho de 2021.


Para que o pedido seja remetido à Secretaria-Geral da Presidência da República, chefiada pelo ministro Luiz Eduardo Ramos, é necessário que haja a autorização da Mesa. Não há prazo para que isso aconteça.


"Requerem-se informações detalhadas sobre todos os gastos realizados entre 2019 e 2021 com este meio de pagamento, incluindo nome/CPF do portador, responsável por autorizar o gasto, nome/CNPJ do favorecido, e valor pago", diz o requerimento.


O pedido esclarece que o Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF), é "o instrumento de pagamento utilizado pelos órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta para o pagamento das despesas realizadas com compra de material e prestação de serviços". Para Contarato, "contraposta aos riscos de abuso e desvios no uso do CGPF, está a ausência de transparência e fiscalização externa sobre os gastos realizados com cartões corporativos".


Contarato afirma que "em desobediência aos princípios constitucionais e a decisões do Supremo Tribunal Federal, a Presidência da República tem se recusado a fornecer os dados individualizados sobre estes gastos".


De férias em Santa Catarina, o presidente Jair Bolsonaro fez um passeio de moto aquática em praia de São Francisco do Sul, no dia 2 de janeiro — Foto: Vilmar Bannach/Photopress/Estadão Conteúdo


Viagem de férias

Nesta quarta-feira (23), o jornal "O Globo" publicou que a viagem de férias do presidente Jair Bolsonaro a Santa Catarina, na virada do ano, custou R$ R$ 899,3 mil aos cofres públicos. Os dados foram obtidos por meio da Lei da Acesso à Informação.


Bolsonaro chegou à cidade litorânea de São Francisco do Sul na tarde do dia 27 de dezembro e ficou lá até a madrugada do dia 3 de janeiro, quando precisou antecipar o fim das férias e ir para São Paulo tratar uma obstrução intestinal, causada pela alimentação na praia. Ele retornou a Brasília no dia 4 de janeiro.


Fonte: g1

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