quinta-feira, outubro 14, 2021

Comitê de agência americana recomenda dose de reforço da vacina contra a Covid-19 da Moderna

Um comitê consultivo independente da agência reguladora norte-americana (FDA, sigla em inglês) recomendou nesta quinta-feira (14) o reforço da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Moderna para a maioria dos cidadãos dos Estados Unidos.


O imunizante, que não é usado no Brasil, poderá ser reaplicado em uma "dose extra" para aqueles que já tiveram sua proteção completa há pelo menos seis meses.


Neste momento, o painel de especialistas, recomenda o reforço apenas para pessoas com 65 anos ou mais, jovens com comorbidades e trabalhadores da área da saúde. 


Enfermeira aplica segunda dose da vacina da Moderna em paciente em Los Angeles, nos Estados Unidos, no dia 3 de março. — Foto: Frederick J. Brown/AFP


Os grupos indicados são os mesmos que a FDA autorizou receber uma dose de reforço da vacina Pfizer/BioNTech no mês passado.



A recomendação do comitê independente não é definitiva, e nem obrigatória, mas a agência reguladora normalmente a segue à risca.


Se a FDA aprovar o reforço da Moderna, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) fará recomendações específicas sobre quem deveria recebê-la.


Vacina da Moderna — Foto: REUTERS/Eduardo Munoz


Exemplo de Israel

Mais cedo, autoridades de saúde de Israel enviaram resultados da aplicação do reforço da Pfizer no país para o grupo de cientistas norte-americanos, em um esforço conjunto para a avaliação da prática.


Israel, que monitora atentamente as vacinas em sua população, disse que administrar uma dose de reforço levou a uma proteção maior contra infecções confirmadas entre pessoas de 16 anos e acima.


"O que estamos vendo é uma ruptura na curva epidêmica em Israel", disse a doutora Sharon Alroy-Preis, diretora dos serviços de saúde pública do Ministério da Saúde israelense.

Ela disse que o programa de vacinação de reforço, que agora inclui 50% da população de todas as faixas etárias, está começando a diminuir as infecções mesmo entre os moradores não vacinados do país.


Vacina de mRNA


As vacina produzidas pela Pfizer/BioNTech e Moderna usam a tecnologia chamada de RNA mensageiro (mRNA ou RNAm), diferente das tradicionais (veja no infográfico abaixo).


Nesse caso, a vacina leva para o nosso organismo uma cópia de parte do código genético do vírus. É uma espécie de mensagem, uma receita para que nosso corpo produza uma proteína do vírus. A presença dessa proteína desencadeia a produção de anticorpos.


Ganha-se um tempo que pode ser decisivo nessa luta de vida e morte. Se a pessoa vacinada for infectada, terá um exército de anticorpos prontos para neutralizar o corona, impedindo a sua multiplicação.


Qual é qual?

A vacina mRNA 1273 – da Moderna – é feita como RNA mensageiro (mRNA), capaz de codificar a proteína S da coroa do vírus, e o introduz no corpo com a ajuda de uma nanopartícula de gordura para induzir a proteção natural do corpo. Ela precisa ser armazenada em temperaturas baixas, inferiores a -20ºC.


A vacina BNT162 – da Pfizer/BioNTech – usa o mRNA para codificar proteínas virais. Essa foi a primeira vacina a ser aprovada para o uso emergencial no ocidente. Ela exige temperaturas baixíssimas de armazenamento e transporte, e devem ser mantidas a baixas temperaturas.


Fonte: G1

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