quinta-feira, setembro 30, 2021

Ministro de Minas e Energia descarta volta do horário de verão

O Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, descartou a volta do horário de verão, extinto desde 2019 pelo presidente Jair Bolsonaro.


"O horário de verão não foi renovado em 2019 e permanece da forma como está", disse o ministro.

A declaração foi dada nesta quinta-feira (28) durante a inauguração da termelétrica GNA I, no Porto do Açu, em São João da Barra, no Norte Fluminense.


Solenidade de inauguração da segunda maior termelétrica do Brasil, no Porto do Açu (RJ) — Foto: Camila Lopes


O horário de verão tinha voltado ao debate neste mês de setembro, após o Ministério de Minas e Energia (MME) pedir ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) — órgão responsável pela coordenação e operação do sistema elétrico brasileiro — um novo estudo sobre a medida, diante da "atual conjuntura de escassez hídrica".


Bento Albuquerque afirmou que a produção de energia feita na térmica do Porto do Açu é a que deve se expandir no país.


"A geração aqui, do Porto do Açu, é bem mais barata que as termelétricas estão utilizando. Então esse é o tipo de empreendimento que nós queremos. Esse tipo de empreendimento que nós vamos ter no leilão de reserva de capacidade que vamos realizar. É isso que estamos buscando para que o consumidor brasileiro não tenha só segurança energética, como tarifas mais baratas", afirmou o ministro.


A térmica GNA I é a segunda maior do Brasil. Com capacidade de atender 6 milhões de casas, a usina começou a operar no último dia 16. O investimento total para a construção da estrutura foi de USD 1 bilhão. A energia produzida no local é a partir do gás natural. Um recurso considerado mais limpo e barato.


GNA I é a segunda maior termelétrica do Brasil e fica localizada no Porto do Açu, em São João da Barra, no RJ — Foto: Divulgação


"30% da nossa energia é gerada através da recuperação do vapor, gerado a combustão a gás. É uma das térmicas mais eficientes do mundo. Então o nosso custo de energia é muito mais barato que as outras térmicas", avaliou o diretor-presidente da GNA, Bernardo Perseke.


Na cerimônia foi anunciada ainda a construção de uma nova termelétrica no complexo do Açu, a GNA II. A usina deve ser maior do que a que já está em funcionamento e vai fornecer energia para 14 milhões de casas. A previsão é que seja entregue em 2024.


Com 1.672 MW de capacidade instalada e previsão de mais de R$ 5 bilhões em investimentos, o empreendimento prevê a geração de mais de 5,5 mil empregos diretos no pico da construção, com prioridade para a mão de obra local.


Fonte: G1

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