quinta-feira, setembro 30, 2021

Equador mobiliza 400 policiais para retomar controle de prisão após rebelião com mais de 100 mortes

A polícia do Equador mobilizou nesta quinta-feira (30) cerca de 400 agentes para apoiar uma operação de retomada do controle de uma prisão em Guayaquil após uma rebelião deixar mais de 100 mortos.


Policiais do Equador em frente a prisão em Guayaquil, onde uma rebelião deixou mais de 100 mortos em foto de 30 de setembro de 2021 — Foto: Santiago Arcos/Reuters


O motim foi iniciado por detentos de gangues rivais, ligadas ao narcotráfico mexicano, que entraram em confronto – até a última atualização das autoridades, 116 presos foram mortos em dois dias.


A rebelião do presídio do porto de Guayaquil já é apontada como um dos piores massacres penitenciários da história do país.


O presidente equatoriano, Guillermo Lasso, que está na cidade portuária, decretou na quarta-feira (29) um estado de exceção para todo o sistema carcerário do país.


Disputa entre gangues

A rebelião teria começado após membros de um grupo rival terem se incomodado com a comemoração de um aniversário dentro do complexo penitenciário, reportou o site Primicias.


Segundo o meio equatoriano, um dos líderes detidos se gabava de ter controle dentro da prisão, o que teria perturbado organizações rivais que ficavam em outros pavilhões, o que gerou os conflitos.


A agência de notícias France Presse reportou que o Exército equatoriano se posicionou nesta quinta ao redor da prisão, onde familiares dos detentos buscam por informações sobre seus parentes.


Agente da polícia equatoriana fala com parentes de detentos em frente a prisão em Guayaquil onde rebelião deixou mais de 100 mortos — Foto: Vicente Gaibor del Pino/Reuters


Crise carcerária

Com uma superlotação de 30%, falta de guardas, corrupção e violência, o Equador sofre uma crise carcerária há vários anos.


Segundo a Defensoria Pública, em 2020 ocorreram 103 assassinatos nas penitenciárias do país. Apenas em 2021, 236 pessoas morreram em prisões do Estado.


Em fevereiro, 79 presidiários morreram em distúrbios que aconteceram simultaneamente em quatro prisões de três cidades, incluindo Guayaquil.


A cidade portuária abriga este grande complexo prisional onde está um terço dos mais de 39 mil encarcerados hoje no país sob o controle de apenas 1.500 policiais – 3.000 a menos que o estimado.


Fonte: G1

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