domingo, setembro 05, 2021

47,2% dos potiguares com mais de 60 anos já tiveram catarata, diz IBGE

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, divulgada pelo IBGE, mostra que 47,2% dos potiguares com mais de 60 anos haviam recebido diagnóstico de catarata em algum momento de suas vidas. O número corresponde a 254 mil pessoas que receberam o diagnóstico da doença em um ou ambos os olhos.


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47,2% dos potiguares com mais de 60 anos já tiveram catarata, diz IBGE — Foto: Jaime Martins/Cedida


A proporção do RN está acima da média do Nordeste (39,3%) e do Brasil (34,6%), sendo uma das três maiores do país entre as unidades da federação. A pesquisa indica também que o diagnóstico é proporcionalmente mais comum quanto maior o grau de instrução e o rendimento familiar per capita das pessoas.


Apesar da elevada taxa da doença, o Rio Grande do Norte fica próximo da média nacional (74,2%) em número de pessoas que realizam a cirurgia para correção visual: 70,6% daqueles que recebem indicação de cirurgia.


Segundo o IBGE, entre aquelas que optam por realizar a cirurgia, cerca de 80% das pessoas sem instrução formal a realizam pelo SUS, enquanto 39% das que têm ao menos o Ensino Fundamental completo utilizam a rede pública de saúde.


A catarata é uma doença causada pelo envelhecimento do cristalino (parte do olho que funciona como uma lente) e que impede a visão, podendo levar à cegueira. A cirurgia para retirada da catarata pode ser feita na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) e consiste em trocar o cristalino por uma lente (novo cristalino artificial), como se fosse uma prótese no olho.


Mais números

A PNS 2019 ainda identificou que, no RN, cerca de 300 mil pessoas de dois anos ou mais possuíam deficiência em alguma função vital. Considerou-se pessoa com deficiência aquela que relata apresentar muita dificuldade ou não conseguir de modo algum enxergar, ouvir, se locomover, mexer os membros superiores ou realizar tarefas habituais por limitações mentais ou intelectuais. Dados apontam que a deficiência física é maior quanto maior a idade e que, por outro lado, sua incidência é menor conforme aumenta o nível de instrução.


A pesquisa mostrou também que 58% das pessoas com alguma dificuldade ou deficiência física que receberam reabilitação de forma regular utilizaram o SUS, número próximo da média da região Nordeste (58,2%).


Fonte: G1

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