terça-feira, agosto 24, 2021

Relator no Conselho de Ética pede a cassação do mandato do deputado Boca Aberta

O deputado Alexandre Leite (DEM-SP) apresentou nesta terça-feira (24) relatório ao Conselho de Ética da Câmara no qual propõe a cassação do mandato do deputado Boca Aberta (Pros-PR).


Na próxima sessão do conselho, prevista para a próxima terça-feira, o relatório deve ser votado, depois de ouvida a defesa do deputado. Se aprovado o relatório, a cassação do mandato do deputado será decidida pelo plenário da Câmara.


Boca Aberta responde a processo no conselho por ter invadido uma unidade de saúde, filmado o médico plantonista e divulgado o vídeo em redes sociais.


Em dezembro de 2019, o Conselho de Ética decidiu pela suspensão do mandato por seis meses, mas Boca Aberta recorreu à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Ele argumentou que o relator Alexandre Leite tinha se negado a ouvir depoimentos de testemunhas indicadas pelo parlamentar. O recurso foi aprovado, e a CCJ determinou que o relator ouvisse as testemunhas e emitisse um novo parecer.


Deputado Boca Aberta discursa durante reuniao do Conselho de Ética da Câmara em 2019 — Foto: Larissa Passos/G1


Das seis testemunhas indicadas por deputado Boca Aberta, quatro não compareceram para prestar depoimento. Outras duas, apesar de defenderam o comportamento do parlamentar afirmaram, em depoimento, que não presenciaram o fato.


“A autopromoção disfarçada de proteção da comunidade em nada contribui para a melhoria da assistência à população ou para a credibilidade do parlamento”, afirmou o relator.



O caso

Boca aberta é acusado de invadir uma unidade de pronto atendimento (UPA) em Londrina (PR) em março de 2019.


Na ocasião, entrou no hospital e ao ser avisado de que o médico do plantão estava na sala de descanso, foi até lá, acordou o profissional, filmou e postou numa rede social.


Além disso, o vídeo publicado foi editado e usou a imagem de um menor de idade, que não estava na unidade de saúde na circunstância.


Em março de 2019 o deputado Boca Aberta sofreu uma condenação por ato semelhante. Foi condenado a 22 dias de prisão em regime semiaberto, por perturbação de sossego, também em uma UPA de Londrina.


Em 2017, como vereador, Boca Aberta foi até uma unidade de saúde com a intenção de fiscalizar os profissionais. Na ocasião, sem autorização, entrou em áreas restritas e também fez filmagens.


Fonte: G1

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