terça-feira, agosto 24, 2021

Em sabatina, Aras faz críticas à Lava Jato e diz que conduziu PGR sem vazamentos e 'espetáculo'



O procurador-geral da República, Augusto Aras, abriu sua fala na sabatina desta terça-feira (24) no Senado com críticas às forças-tarefas do Ministério Público, entre as quais a da Operação Lava Jato. Para ele, o modelo que vigorava, baseado em "pessoalização", gerou "irregularidades". O procurador-geral disse ainda que conduziu a PGR sem vazamentos nem "espetáculo".


A sabatina de Aras, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, faz parte dos trâmites para a recondução dele a mais dois anos à frente da PGR. Depois da CCJ, o nome de Aras precisa ser aprovado pela plenário da Casa.


Antes de responder às perguntas dos senadores, o procurador-geral fez uma breve apresentação sobre seu primeiro mandato na procuradoria. Foi nesse momento que ele atacou operação como a Lava Jato.


Ele fez referência ao que ficou conhecido como "Vaza Jato": a revelação de conversas de procuradores envolvidos na operação, que gerou críticas sobre a atuação do Ministério Público na época.


"O modelo das forças tarefas, com pessoalização, culminou em uma série de irregularidades, tais como os episódios revelados pela na Vaza Jato, a frustrada gestão de vultosas quantias arrecadas em acordo de colaboração e acordos de leniência, por meio de fundos não previstos em lei", disse Aras.



A Lava Jato não é bem vista entre os políticos, vários deles investigados pela operação. Aras lembrou que, na primeira sabatina pela qual passou, em 2019, se comprometeu com os senadores a não fazer "escândalos" em operações e a não vazar dados de investigações. Segundo ele, a promessa foi cumprida.


"Realizamos 35 operações nesses 23 meses sem vazamentos seletivos ou espetáculos midiáticos. Talvez se nós tivéssemos a cada duas grandes operações por mês, divulgado, feito o vazamento seletivo das operações e dos investigados, talvez, eu estivesse numa posição de muito elogio, como quem distribuiu flechadas para todo o Brasil, criminalizando a política", completou Aras.


Fonte: G1

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