'Fechar portas' é 'desserviço', diz Pacheco; para Lira, país precisa de 'mais trabalho e menos confusão'

Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), se manifestaram em redes sociais nesta segunda-feira (16) sobre as relações entre os poderes da República. Nenhum dos dois fez referência a um fato específico como motivação para as mensagens. Lira disse que o país precisa de "mais trabalho e menos confusão". Pacheco afirmou que "fechar portas" e "derrubar pontes" é um "desserviço" ao país.

Nos últimos dias, após se tornar alvo de inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente Jair Bolsonaro atacou integrantes dos dois tribunais e disse que pediria ao Senado o impeachment dos ministros Luis Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.

Nesta segunda-feira (16), 14 governadores assinaram uma nota pública para manifestar solidariedade ao STF.

Lira

Arthur Lira publicou nota pela manhã em suas redes sociais na qual afirma que o Brasil precisa de "mais trabalho e menos confusão".

Sem citar fato específico, Lira disse ainda que o presidente da Câmara dos Deputados é um "ferrenho defensor constitucional" da independência dos três poderes.

"O Brasil sempre terá no presidente da Câmara dos Deputados um ferrenho defensor constitucional da harmonia e independência entre os Poderes. Vigilante e soberana, a Câmara avança nas reformas, como a tributária que votaremos nessa semana, na certeza de que o país precisa de mais trabalho e menos confusão", disse o presidente da Câmara dos Deputados em suas redes sociais.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), também fez uma postagem nas redes sociais sobre a relação entre os Poderes. O parlamentar disse que o diálogo entre Executivo, Legislativo e Judiciário é "fundamental" e que não se pode abrir mão dele "jamais".

Pacheco

"Fechar portas, derrubar pontes, exercer arbitrariamente suas próprias razões são um desserviço ao país", escreveu à tarde Rodrigo Pacheco.

Na postagem, o presidente do Senado não citou nomes. O G1 perguntou à assessoria de Pacheco o que motivou a publicação, mas não obteve resposta.

Na mensagem, o senador também disse que, "neste momento de crise", é recomendável a busca de consensos e o respeito às diferenças. E declarou que o Congresso não "permitirá retrocessos".

"Patriotas são aqueles que unem o Brasil, e não os que querem dividi-lo. E os avanços democráticos conquistados têm a vigorosa vigilância do Congresso", disse Pacheco.

De acordo com a Constituição, cabe ao Senado analisar pedidos de impeachment contra ministros do STF, no caso de possível crime de responsabilidade.

Fonte: G1