domingo, julho 11, 2021

Casagrande diz que tentativa de 'macular sistema eleitoral' indica 'destino imprevisível'

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), disse nesta sexta-feira (9), em uma rede social, que uma "tentativa de macular o sistema eleitoral" indica manobra com "destino imprevisível"'


Governador do Espírito Santo, Renato Casagrande — Foto: Helio Filho/Governo do ES


"Os frequentes ataques à democracia, o desrespeito às instituições e seus representantes e a tentativa de macular o sistema eleitoral brasileiro indicam um conjunto de manobras com destino imprevisível", postou o governador.


Nestas quinta (8) e sexta, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que não haverá eleições no ano que vem se não forem "limpas". O presidente quer a impressão do voto eletrônico, com o que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não concorda. Uma proposta de emenda constitucional com essa finalidade, de autoria da deputada Bia Kicis (PSL), aliada de Bolsonaro, tramita atualmente na Câmara dos Deputados.



"Não tenho medo de eleições. Entrego a faixa para quem ganhar no voto auditável e confiável. Dessa forma [da forma atual, sem voto impresso], corremos o risco de não termos eleições ano que vem. É o futuro de vocês que está em jogo", disse Bolsonaro na manhã desta sexta a apoiadores.


Sem se referir nominalmente ao presidente na publicação, Casagrande disse ainda que "é necessário uma ação forte de resistência para que não reste dúvidas sobre o futuro da democracia e da liberdade pelas quais tanto lutamos".


O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, afirmou que atuar para impedir a realização de uma eleição viola a Constituição e pode ser enquadrado como crime de responsabilidade.


Em nota divulgada à imprensa, o ministro afirmou que eleições periódicas é um dos pressupostos da democracia.


O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), também falou sobre o assunto. Ele disse nesta sexta que o Congresso Nacional não admitirá retrocesso em relação ao estado democrático de direito.


Ele afirmou que a possibilidade de "frustração das eleições" de 2022, como cogitou o presidente, é algo com que o Congresso não concorda e repudia.


Fonte: G1

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