quinta-feira, abril 22, 2021

CPI da Covid: Randolfe quer ouvir secretário de Guedes sobre recusa de lote de vacinas da Pfizer



O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), cotado para assumir a vice-presidência da CPI da Covid, informou nesta quinta-feira (22) que pretende convocar o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, para ser ouvido na comissão tão logo os trabalhos sejam iniciados.


A ideia é obter detalhes sobre uma reunião, realizada em agosto de 2020, entre o secretário e representantes da farmacêutica Pfizer. Neste encontro, o governo brasileiro teria rejeitado oferta do laboratório para a compra de 70 milhões de doses de vacinas contra Covid (veja detalhes abaixo).


A CPI deve ser instalada na próxima próxima terça-feira (27), com a eleição do presidente e do vice-presidente e a definição de um plano de trabalho. As sessões seguintes devem se concentrar na votação de pedidos de informações e de convocação de testemunhas para prestar depoimento.


O encontro com representantes da Pfizer consta na agenda de Carlos da Costa, que comanda a secretaria de Produtividade, Emprego e Competitividade desde 2019. No dia 7 de agosto, o secretário se reuniu com o presidente da farmacêutica, Carlos Murillo, e diretores da companhia para discutir a aquisição do imunizante.


A Pfizer ofereceu ao governo brasileiro a possibilidade de comprar um lote de 70 milhões de doses, com entrega prevista a partir de dezembro de 2020. Segundo a própria empresa, houve uma série de tratativas, sem sucesso, para o fornecimento do imunizante ao Brasil.


O acordo com a Pfizer só foi anunciado pelo governo brasileiro em março, sete meses depois da reunião no Ministério da Economia. A entrega, por este calendário anunciado, começaria em maio e junho. Para o segundo trimestre, a expectativa era de 13.518.180 de doses.


No último dia 14, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a antecipação de 2 milhões de doses em relação a este primeiro anúncio. 


O governo Jair Bolsonaro apresentou resistências à compra da vacina da Pfizer, nesse intervalo, sob o argumento de que o laboratório estabelecia condições "draconianas". A principal queixa era a de que a Pfizer não se responsabiliza por eventuais efeitos colaterais da vacina.


O imunizante da farmacêutica já é aplicado em diversos países do mundo e tem registro definitivo de uso no Brasil, concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em fevereiro. As doses, no entanto, ainda não chegaram ao país para que possam ser administradas.


Fonte: G1

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