segunda-feira, dezembro 28, 2020

STJ nega conceder liberdade ao suposto chefe do 'QG da propina' na prefeitura do Rio



O ministro Humberto Martins, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), rejeitou nesta segunda-feira (28) o pedido de liberdade feito pela defesa de Rafael Alves.


O empresário é apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como o chefe de um suposto esquema de corrupção na prefeitura do Rio, chamado de "QG da Propina" (leia detalhes mais abaixo).


Alves foi preso no último dia 22, durante uma ação conjunta entre a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).


Na mesma operação, também foi preso o prefeito afastado do Rio, Marcelo Crivella, atualmente em prisão domiciliar por decisão de Humberto Martins. Crivella nega ter cometido irregularidades.


Também foram presos o delegado aposentado Fernando Moraes; o ex-tesoureiro da campanha de Crivella Mauro Macedo; e os empresários Adenor Gonçalves dos Santos e Cristiano Stockler Campos.


Investigação

A investigação começou em 2018, a partir da delação do doleiro Sergio Mizrahy, que disse ser responsável pela lavagem de dinheiro para o grupo que atuava na prefeitura.


O chefe dessa organização, segundo o delator, seria Rafael Alves, que não tinha nenhum cargo na prefeitura, mas dava expediente na Cidade das Artes, numa sala ao lado do irmão, Marcelo Alves, que foi presidente da Riotur.


Em algumas mensagens interceptadas durante as investigações, Rafael Alves chegou a dizer que fez o irmão se tornar presidente da Riotur. Além disso, afirmou possuir a “caneta”, sugerindo dar as ordens na prefeitura do Rio, nomeando quem quisesse para cargos e escolhendo as empresas que iriam fazer contratos com o município.


Segundo os investigadores, foi a partir dessa influência que surgiu o esquema de propina e extorsão de empresários que queriam fazer contratos com a prefeitura.


O Ministério Público diz que Alves também era convidado a participar de reuniões estratégicas com o alto escalão da prefeitura para decidir a folha de pagamento do funcionalismo e a dívida ativa da União.


Fonte: G1

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