segunda-feira, junho 01, 2020

É #FAKE que homem foi colocado vivo em saco fúnebre na BA para inflar mortes por coronavírus

Uma mensagem que circula pelas redes sociais diz que um homem foi colocado vivo em um saco fúnebre na Bahia para inflar as mortes por coronavírus no estado. É #FAKE.

É #FAKE que homem foi colocado vivo em saco fúnebre na BA para inflar mortes por coronavírus — Foto: G1
É #FAKE que homem foi colocado vivo em saco fúnebre na BA para inflar mortes por coronavírus — Foto: G1

A mensagem falsa aponta os padrões de segurança em sepultamentos de vítimas de Covid-19 como indício da fraude. "E aqueles que os familiares não tiveram a curiosidade de olhar? Quantos mais foram vítimas da sanha pecuniária desses monstros? Quantos foram sepultados vivos? Não aceitem que seus familiares sejam sepultados sem vê-los após a declaração de óbito", diz o texto.

A mensagem usa o título de uma reportagem para dar veracidade ao boato. Só que o caso utilizado ocorreu muito antes da pandemia atual. O link compartilhado é de uma notícia publicada pelo G1 em agosto de 2014 que conta a história de Valdelúcio de Oliveira, de 54 anos. Ele passou duas horas em um saco fúnebre após ter sofrido duas paradas cardíacas e ter sido declarado morto em um hospital de Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador. O caso levou a uma investigação na época.

Muitas mensagens falsas que falam sobre mortes forjadas por coronavírus têm sido publicadas durante a pandemia. Segundo as mensagens, um dos motivos para a fraude é que os estados e municípios recebem um valor do Ministério da Saúde proporcional ao número de vítimas. O órgão já fez um esclarecimento dizendo que não faz “repasse de verba por registro de morte”.

O objetivo dessas informações falsas é também dizer que a crise no país não é tão grave quanto mostram os registros oficiais. Mas o que acontece é o inverso. Segundo muitos especialistas, o país vive, na verdade, uma subnotificação porque as mortes e os casos demoram a ser confirmados e contabilizados.

Dados das secretarias estaduais de Saúde apontam para mais de 29 mil mortes pela doença no Brasil. O número de casos ultrapassa os 515 mil.

Fonte: G1

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