Uma mensagem que circula pelas redes sociais diz que um homem foi colocado vivo em um saco fúnebre na Bahia para inflar as mortes por coronavírus no estado. É #FAKE.
É #FAKE que homem foi colocado vivo em saco fúnebre na BA para inflar mortes por coronavírus — Foto: G1
A mensagem falsa aponta os padrões de segurança em sepultamentos de vítimas de Covid-19 como indício da fraude. "E aqueles que os familiares não tiveram a curiosidade de olhar? Quantos mais foram vítimas da sanha pecuniária desses monstros? Quantos foram sepultados vivos? Não aceitem que seus familiares sejam sepultados sem vê-los após a declaração de óbito", diz o texto.
A mensagem usa o título de uma reportagem para dar veracidade ao boato. Só que o caso utilizado ocorreu muito antes da pandemia atual. O link compartilhado é de uma notícia publicada pelo G1 em agosto de 2014 que conta a história de Valdelúcio de Oliveira, de 54 anos. Ele passou duas horas em um saco fúnebre após ter sofrido duas paradas cardíacas e ter sido declarado morto em um hospital de Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador. O caso levou a uma investigação na época.
Muitas mensagens falsas que falam sobre mortes forjadas por coronavírus têm sido publicadas durante a pandemia. Segundo as mensagens, um dos motivos para a fraude é que os estados e municípios recebem um valor do Ministério da Saúde proporcional ao número de vítimas. O órgão já fez um esclarecimento dizendo que não faz “repasse de verba por registro de morte”.
O objetivo dessas informações falsas é também dizer que a crise no país não é tão grave quanto mostram os registros oficiais. Mas o que acontece é o inverso. Segundo muitos especialistas, o país vive, na verdade, uma subnotificação porque as mortes e os casos demoram a ser confirmados e contabilizados.
Dados das secretarias estaduais de Saúde apontam para mais de 29 mil mortes pela doença no Brasil. O número de casos ultrapassa os 515 mil.
Fonte: G1
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