quinta-feira, abril 09, 2020

Coronavírus: IMD cria plataforma que será usada para Secretaria de Saúde gerenciar leitos no RN

O Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN) desenvolveu uma plataforma que faz o gerenciamento inteligente dos leitos de hospitais, nas redes pública e privada, no Rio Grande do Norte. A tecnologia está sendo usada pela Secretaria de Estado de Saúde Pública do RN (Sesap) para controlar as internações por conta do novo coronavírus desde sexta-feira (3).

Leitos de UTI instalados em Mossoró, no Oeste potiguar — Foto: Sesap/Divulgação
Leitos de UTI instalados em Mossoró, no Oeste potiguar — Foto: Sesap/Divulgação

A ferramenta permite que os gestores em saúde tenham informações, em tempo real, de quantos leitos as unidades de saúde do estado possuem em sua totalidade para atender casos da Covid-19. Segundo o IMD, a tecnologia informa ainda quantos leitos são destinados para pacientes com suspeita da doença, quantos para casos confirmados, quantos são de UTI e como está a ocupação de cada um deles.

Profissionais das próprias unidades de saúde vão alimentar a plataforma para que ela se mantenha atualizada. De acordo com o coordenador de fluxos assistenciais da Sesap, o médico Giordano Bruno dos Santos, todas as 56 unidades de saúde referenciadas para o atendimento de casos de Covid-19 no RN já estão cadastradas. Dessa forma, 367 leitos já estão sendo gerenciados.


“Com a plataforma nós conseguimos ter um cenário atualizado de pacientes internados, que são os mais graves, em todo o estado, por região e por unidade de saúde. Outra grande utilidade é conseguir priorizar a oferta de exames para o Covid-19 para os pacientes considerados mais graves”, explicou Giordano dos Santos.

O sistema também vai permitir de forma mais veloz perceber as unidades que estiverem no limite do número de vagas em relação à demanda de doentes, o que permitirá à Sesap reorganizar a destinação dos pacientes.

Diretor de Tecnologia da Informação do IMD e coordenador do projeto Sigsaúde, o professor Itamir Barroca desenvolveu o sistema com outras seis pessoas, entre professores e estudantes bolsistas. A primeira versão ficou pronta em três dias - a atual já está adaptada e melhorada, segundo o professor.

“Ficamos orgulhosos em ajudar, de ter o IMD contribuindo para o combate ao coronavírus com uma ferramenta efetiva e de uso estratégico para as autoridades de saúde”, afirmou Itamir Barroca.

O Projeto SigSaúde tem como objetivo principal desenvolver uma plataforma computacional de dados clínicos voltada para otimização dos fluxos de trabalhos e integração de informações nos serviços de saúde da UFRN. Atualmente, a plataforma já possui várias funcionalidades implementadas e em uso.

Fonte: G1

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