terça-feira, novembro 26, 2019

Bolsonaro envia ao Senado indicação de Nestor Forster para embaixada nos Estados Unidos

O "Diário Oficial da União" (DOU) publicou nesta terça-feira (26) a indicação pelo presidente Jair Bolsonaro do diplomata Nestor Forster para a embaixada do Brasil nos Estados Unidos. Agora, o Senado deverá submeter Forster a uma sabatina e decidir se aprova a escolha de Bolsonaro.

Nestor Forster, indicado ao cargo de embaixador do Brasil em Washington — Foto: Divulgação/Itamaraty
Nestor Forster, indicado ao cargo de embaixador do Brasil em Washington — Foto: Divulgação/Itamaraty

"Encaminhamento ao Senado Federal, para apreciação, do nome do Senhor NESTOR JOSÉ FORSTER JUNIOR, Ministro de Primeira Classe da Carreira de Diplomata do Ministério das Relações Exteriores, para exercer o cargo de Embaixador do Brasil junto aos Estados Unidos da América", diz a publicação.

O nome de Forster ganhou força após a desistência do deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, de assumir a embaixada em Washington. Eduardo anunciou no mês passado a decisão de permanecer no Brasil, em discurso no plenário da Câmara.

A desistência ocorreu em meio à crise interna no PSL. As desavenças entre aliados de Bolsonaro e do presidente da sigla, o deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE), culminaram na saída de Jair do partido e no anúncio da criação do "Aliança pelo Brasil".

Nos bastidores, funcionários do Itamaraty ironizavam a possível escolha de Eduardo para ocupar a embaixada e chegaram a ficar aliviados com a desistência do deputado.

Um dia antes do anúncio por Eduardo, o presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer, durante viagem ao Japão, que preferia que o filho permanecesse no Brasil para "pacificar" o PSL.

Em julho, Bolsonaro afirmou pela primeira vez que pretendia indicar o deputado para a embaixada. Desde então, Eduardo Bolsonaro visitou senadores a fim de obter apoio para a indicação, que precisa ser aprovada pelo Senado. Mas enfrentou resistência de parte dos parlamentares, e o governo nunca obteve a garantia de que teria votos suficientes para aprovar a indicação.

A situação ficou ainda mais difícil com a eclosão da crise no PSL, principalmente depois que um áudio revelou uma conversa telefônica de Jair Bolsonaro na qual pedia, supostamente a um deputado, apoio para que o filho assumisse como líder do PSL na Câmara.

Desde a "guerras de listas" registrada na Câmara dos Deputados, Eduardo passou a ser o líder do PSL na Casa.

Fonte: G1

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