quinta-feira, maio 03, 2018

Mais um ex-atleta da ginástica conta que foi vítima de abuso sexual

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Mais um ex-atleta prestou depoimento contra o ex-técnico da Seleção Brasileira de ginástica artística Fernando de Carvalho Lopes, que está sendo investigado por abuso sexual contra menores.

A coragem para mostrar o rosto e contar sobre os abusos da época em que era ginasta só veio depois da repercussão que o caso tomou.

“Era medo de piadas, de pessoas ficarem me julgando por não ter falado também na época que sofri os abusos. Então tudo isso veio junto e eu resolvi ficar na minha. E hoje eu sinto que fiz uma coisa errada. Porque acho que se eu tivesse falado na época, talvez o processo tivesse começado lá e outras crianças, após isso, não teriam sofrido", lamenta o ex-ginasta Lucas Altemeyer.

Lucas é o 20º a depor contra Fernando. O ex-treinador foi técnico dele no Mesc, em São Bernardo do Campo, entre 2003 e 2005. Aos 29 anos, ele é acrobata em um circo que se apresenta nos Estados Unidos e no Canadá. E, no depoimento desta quarta-feira (2), ele lembrou os abusos cometidos por Fernando.

“Com o tempo a gente foi percebendo que, em alguns exercícios, ele começava a tocar de forma diferente, auxiliar durante o movimento em locais que não havia necessidade de chegar a tocar: perto de um glúteo ou no órgão genital da criança", fala.

Fernando de Carvalho Lopes foi intimado para depor na semana passada, mas não apareceu. Alegou que tinha uma consulta médica. Ele deve ser ouvido nos próximos dias, mas a Polícia Civil, que investiga o caso, acredita que já tem elementos suficientes para enfim denunciá-lo à Justiça.

O Conselho Regional de Educação Física do estado de São Paulo, que move um processo ético contra Fernando desde 2016, data da primeira acusação de abuso contra o treinador, vai incluir as novas denúncias na ação, que pode acarretar na cassação de seu registro profissional.

Nos próximos dias, outras pessoas vão ser chamadas para prestar esclarecimentos neste caso e uma dessas pessoas é o ginasta Diego Hypolito. Ele disse ao Jornal Nacional ter sofrido humilhações na ginástica, mas não revelou os autores. A polícia também vai ouvir o coordenador-técnico da Seleção Brasileira, Marcos Goto e a psicóloga Thais Coppini, que atendia atletas no clube Mesc, em São Bernardo do Campo. Segundo alguns ginastas, Thaís e Marcos sabiam dos abusos, mas teriam sido omissos.

Fonte: Jornal Nacional

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