sexta-feira, abril 13, 2018

Empresários dizem ter feito contratos fictícios para receber caixa 2 para a campanha de Eunício ao governo do Ceará

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Empresários ouvidos pela Polícia Federal confessaram ter feito contratos fictícios para receber dinheiro irregular para a campanha ao governo do Ceará do atual presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE). Eles prestaram depoimento à PF na operação Tira-Teima. A operação, deflagrada na terça (10), investiga pagamentos de vantagens indevidas por um grupo empresarial a políticos.

Os depoimentos foram prestados em investigação sobre Eunício no Supremo Tribunal Federal (STF). O inquérito foi aberto a partir da delação de Nelson Melo, ex-diretor de relações institucionais da Hypemarcas, hoje Hypera Pharma. Ele é um dos delatores da Operação Lava Jato.

O site da revista "Veja" traz vídeo do depoimento da empresária Maurenízia Alves, sócia do Instituto Campus. Ela admitiu contratos feitos com ao menos quatro empresas e que objetivo era receber por serviços na campanha de Eunício ao governo do Ceará. O pedido foi feito a ela por Paulo Alves, marido da empresária, que trabalhou na campanha.

Em depoimento, a que a TV Globo teve acesso, Maurenízia disse que a empresa dela foi contratada pela Hypermarcas, pela M. Dias Branco, pela Corpus Segurança e pela JBS --e que não houve nenhuma prestação de serviço. Apesar disso, ela diz ter havido recebimento de dinheiro e emissão de notas, mas os contratos não foram formalizados.

A M. Dias Branco foi um dos alvos da operação Tira-Teima. Executivos da JBS e da Hypermarcas já haviam confirmado essas informações na delação e apresentado os contratos fictícios.

Ao depor, Paulo Alves disse que a coordenação de campanha de Eunício afirmou que essa era a única forma de resolver "os problemas de atrasos" de pagamentos. E que houve ainda outros contratos fictícios.

O que dizem os citados
A assessoria do senador Eunício Oliveira disse que as contas da campanha dele em 2014 foram aprovadas pela Justiça Eleitoral e que todas as empresas citadas fizeram doações dentro da lei vigente à época.

A M. Dias Branco declarou que não realizou qualquer pagamento ao Instituto Campus ou ao Campus Centro de Estudos e Pesquisas.

A Hypera Pharma informou que está colaborando com as investigações e que uma auditoria interna concluiu que o ex-diretor, Nelson de Mello, autorizou, por iniciativa própria, despesas sem comprovação --e que a empresa não se beneficiou desses atos.

A J&F disse que os delatores ligados ao grupo já relataram aos investigadores tudo que era de conhecimento deles, e que seguem à disposição da Justiça para colaborar.

A Corpus Segurança não quis se manifestar.

Fonte: G1

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