sábado, dezembro 16, 2017

Juíza dos EUA concede liberdade condicional a ex-chefe de campanha de Trump

Paul Manafort deixa a Corte Federal dos EUA, em Washington, no dia 30 de outubro (Foto: Reuters/James Lawler Duggan)

Uma juíza de Washington concedeu liberdade condicional a Paul Manafort, ex-chefe de campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A juíza Amy Jackson, do Distrito de Columbia, anunciou que Manafort, atualmente em prisão domiciliar, poderá ser libertado quando sua esposa e filha informarem que ele possui US$ 7 milhões no banco e se comprometerem a não mover o dinheiro durante o processo.

Jackson estabeleceu uma fiança de US$ 10 milhões para o ex-assessor do presidente. Para completar o valor, a família de Manafort também colocará à disposição da Justiça quatro imóveis que ele possui no território americano.

Assim que as informações forem entregues, Manafort poderá sair de sua casa em Alexandria, na Virgínia, deixando o regime domiciliar determinado pela Justiça em 30 de outubro, quando ele se entregou ao FBI após ser acusado de 12 crimes, entre eles lavagem de dinheiro.

Manafort e seu "braço direito", Rick Gates, foram acusados de criar uma rede de contas bancárias em diferentes países para ocultar US$ 75 milhões pagos a eles pelo governo pró-Rússia da Ucrânia e por outros oligarcas russos.

O processo contra o ex-assessor é resultado da investigação sobre os vínculos entre a Rússia e a campanha de Trump para influenciar nas eleições de 2016, mas não está relacionado com as atividades que Manafort realizou durante a campanha presidencial.

Apesar de decretar a libertação, a juíza determinou uma série de restrições para Manafort, que terá que fixar, por exemplo, residência em uma casa que tem em Palm Beach Gardens, no sul da Flórida. Ele deverá obedecer um toque de recolher entre 23h e 7h e também não poderá deixar os condados de Palm Beach e Broward.

Para viajar a Washington, onde ocorrerão os julgamentos de seu caso, Manafort não precisará de autorização. Qualquer outra viagem para dentro dos EUA, porém, só poderá ocorrer depois de ele apresentar um pedido formal de viagem dentro do país.

O ex-assessor de Trump também não poderá chegar perto de aeroportos. Para evitar sua saída para o exterior, a Justiça já tinha retirado os passaportes de Manafort.

O julgamento contra o ex-chefe de campanha de Trump está marcado para começar em 7 de maio de 2018.

Responsável pela campanha de Trump entre maio e agosto de 2016, Manafort se demitiu após a revelação de que ele escondeu das autoridades americanas um pagamento de US$ 12,7 milhões para assessorar o ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich, muito próximo ao presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Fonte: G1

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