segunda-feira, novembro 13, 2017

Jovem morta após combinar carona por WhatsApp pode ter sigilo telefônico quebrado a pedido da família

Kelly Cadamuro foi morta durante uma viagem de São José do Rio Preto para Itapagipe  (Foto: Reprodução/TV TEM)A família da jovem Kelly Cadamuro, de 22 anos, que foi morta após uma carona combinada pelo WhatsApp, não ficou satisfeita e questiona o inquérito feito pela Polícia Civil de Frutal (MG) sobre o assassinato.
A Polícia Civil teria 30 dias para concluir o inquérito, mas indiciou Jonathan Pereira do Prado por latrocínio, ocultação de cadáver e estupro na semana passada. O corpo da jovem foi encontrado no dia 2 de novembro, e Jonathan foi preso no mesmo dia.
A família acha que alguns pontos não ficaram esclarecidos, como a mulher que teria combinado carona com Kelly junto com o suspeito, mas que não apareceu.
De acordo com a família, houve também uma ligação sem identificação feita do celular da Kelly depois do assassinato. Por isso, a família deve pedir a quebra do sigilo telefônico da jovem ao Ministério Público.
“Foi solicitado para o delegado a quebra do sigilo. Como ele concluiu o inquérito, não sabemos se ele pediu ou não. Não sabemos se ele tinha pedido para o juiz, e isso foi ou não deferido. Se não houve o pedido, vamos solicitar junto ao Ministério Público”, afirmou o advogado Jorge Argemiro de Souza Filho.
Ainda conforme o advogado, a família acha que o fim do inquérito foi precipitado.
“Não que o inquérito não esteja bem formulado, mas para a família ficaram algumas vacâncias, perguntas sem respostas. Isso é uma insatisfação da família mesmo”, afirmou.
Sobre a busca pela suposta mulher, a polícia de Minas Gerais alega que não houve ligação, mas sim conversas pelo aplicativo, e que Jonathan teria se passado por mulher para convencer a jovem a dar a carona.
O advogado disse também que a família vai contratar um perito para analisar as imagens do pedágio, que registrou o carro de Kelly indo para Itapagipe (MG).
Para a família, poderia haver uma terceira pessoa dentro do carro, antes da morte de Kelly. A polícia de Minas Gerais acredita que o crime já esteja solucionado.
O caso
A radiologista Kelly Cadamuro foi dada como desaparecida no dia 1º de novembro depois que saiu de São José do Rio Preto (SP) com destino a Itapagipe (MG) para encontrar com o namorado.
Ela estava acompanhada por um homem que aceitou a carona oferecida por ela em um grupo de WhatsApp.
O corpo da jovem foi encontrado em um córrego entre Itapagipe e Frutal, no dia 2 de novembro, sem a calça e com a cabeça mergulhada na água.
No mesmo dia, Jonathan Pereira do Prado foi preso e confessou a autoria do crime. De acordo com a Polícia Civil, ele disse que combinou a carona com a intenção de roubar o veículo, mas negou ter cometido qualquer violência sexual contra a vítima.
Na versão dele, a calça da jovem saiu do corpo enquanto a vítima era arrastada do carro até o córrego.
Na quarta-feira (8), o suspeito participou da reconstituição do crime feita pela polícia. Na quinta-feira (9), o laudo de necropsia confirmou o que o atestado de óbito havia informado na noite do dia 2 de novembro: Kelly foi morta por asfixia e estrangulamento.
As investigações da Polícia Civil apontam que a jovem morreu após ter as mãos e pescoço amarrados por uma corda e ser arrastada por cerca de 30 metros.

Reconstituição realizada em Frutal da morte de Kelly Cadamuro após carona marcada por WhatsApp  (Foto: Fernanda Montalvão/ Rádio 97 Fm)
Reconstituição realizada em Frutal da morte de Kelly Cadamuro após carona marcada por WhatsApp (Foto: Fernanda Montalvão/ Rádio 97 Fm)

Jonathan Pereira do Prado, indiciado pela morte da jovem, está preso (Foto: Samir Alouan/Rádio 97 FM/Pontal Online)
Jonathan Pereira do Prado, indiciado pela morte da jovem, está preso (Foto: Samir Alouan/Rádio 97 FM/Pontal Online)

Fonte: G1

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