quarta-feira, novembro 15, 2017

Câmara cassa vereador de Sertãozinho suspeito de usar verba pública em empório de queijos e vinhos

O vereador Antônio César Peghini (PMDB), de Sertãozinho (SP) (Foto: Reprodução/EPTV)
A Câmara de Sertãozinho (SP) cassou na terça-feira (14) o vereador Antônio César Peghini (PMDB), suspeito de utilizar de maneira indevida verba pública para custeio de refeições em viagens a São Paulo.
Segundo a Polícia Civil, o parlamentar foi indiciado por peculato e uso de documento falso por apresentar notas de reembolso de um total de R$ 3,8 mil de despesas suspeitas, entre elas uma de R$ 521 gastos em um empório de queijos e vinhos no Mercado Municipal da capital.
A EPTV, afiliada da Rede Globo, procurou o vereador, mas não conseguiu um posicionamento. Durante a sessão da Câmara, ele disse ter sido vítima de perseguição política e que todos os lugares em que ele obteve as notas fiscais serviram refeições.
A conduta do parlamentar foi analisada pelo Conselho de Ética, que considerou procedente a denúncia. Levado a plenário, o relatório do grupo teve 14 votos favoráveis e dois contrários.
Como Peghini tem dez dias para recorrer da decisão, o Legislativo não definiu quem deve assumir no lugar dele.

Nota fiscal apreendida pela Polícia Civil em Sertãozinho, SP (Foto: Reprodução/EPTV)
Nota fiscal apreendida pela Polícia Civil em Sertãozinho, SP (Foto: Reprodução/EPTV)

Gastos 'fora do comum'
As investigações foram motivadas por uma denúncia que chegou à polícia em 2016. Segundo o delegado Pláucio Fernandes, no decorrer do inquérito foram encontradas notas fiscais suspeitas que evidenciavam refeições feitas no mesmo dia em curtos intervalos de tempo, o que para ele se caracterizou como um comportamento fora do comum.

Foram registrados gastos suspeitos de R$ 3,8 mil entre março e dezembro de 2015. Entre eles está uma nota de uma refeição de R$ 521 que teria sido feita em um box do Mercado Municipal de São Paulo onde funciona um empório de vinhos, queijos, azeitona e bacalhau.
Segundo Fernandes, o vereador e sua assessora confirmaram que as informações lançadas nas planilhas entregues à Câmara não eram verdadeiras.
As evidências levaram ao indiciamento do vereador e a assessora por peculato e uso de documento falso. A denúncia foi encaminhada ao Ministério Público.

Fonte: G1

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