terça-feira, maio 23, 2017

Estudantes do RN ganham prêmio internacional em feira de engenharia nos EUA

Estudantes de Baraúna utilizam sabugo de milho para composição de “madeira ecológica”

Os estudantes Marcelo Abraão e Beatriz da Costa da Escola Estadual João de Abreu do município de Baraúna/RN, fizeram história na última semana e levaram os nomes do Brasil e do Rio Grande do Norte para o mundo.

Os jovens participaram e foram premiados na Feira Internacional de Ciências e Engenharia (Intel/ISEF) que aconteceu em Los Angeles, nos Estados Unidos.

Os alunos de Baraúna conquistaram o primeiro lugar no prêmio de inovação da USAID (United States Agency for International Development) na Feira apresentando um projeto de painéis ecológicos produzidos a partir do sabugo do milho.

Esse projeto foi desenvolvido a partir da curiosidade dos estudantes e começou a ser apresentado nas feiras locais e na Feira de Ciências do Semiárido que acontece anualmente na Ufersa em Mossoró. Foi a partir daí que a dupla conseguiu a credencial para participar da feira americana.

A orientação do projeto, desde o início, foi da professora Priscilla Rodrigues da própria Escola João de Abreu, mas foi nos laboratórios do IFRN e, principalmente, da Ufersa que o projeto foi aperfeiçoado e ganhou mais base científica a partir das normas internacionais.

O professor Vinícius Castro, da área de tecnologia da madeira do curso de Engenharia Florestal, fez uma espécie de consultoria aos estudantes corrigindo de forma técnica o projeto do sabugo.

Segundo o professor, a primeira informação é que a iniciativa desenvolvida pelos estudantes não usa uma madeira ecológica e sim um painel feito a base de resíduos agrícolas. O professor aprovou a forma como os alunos usaram o sabugo para confeccionar o material e diz que o projeto pode ser uma boa alternativa de uso para esse resíduo que há em abundância em praticamente todo o país devido a alta produção de milho.

Ainda de acordo com Vinícius, o projeto dos estudantes de Baraúna também chama atenção pela prensa artesanal que eles desenvolveram para produzir os painéis. Eles adaptaram um banco de madeira, o conhecido tamborete, com parafusos para se chegar ao painel. Outra curiosidade do projeto é que os alunos fizeram os testes praticamente sem conhecimento das normas técnicas.

E mesmo não conhecendo profundamente essas normas, eles conseguiram testar os painéis com as mesmas referências utilizadas pelos europeus, explicou o professor.

“Os alunos desenvolveram um trabalho, uma atividade de um Engenheiro Florestal”, comentou Vinícius já torcendo que Marcelo e Beatriz possam se tornar estudantes da Ufersa e assim venham a aperfeiçoar ainda mais o projeto. Marcelo e Beatriz estão no Ensino Médio e devem chegar a Faculdade nos próximos anos.

Fonte: O Mossoroense

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